O desaparecimento da brasileira Silvana Pilipenko, 54, que mora na Ucrânia há quase 30 anos, está preocupando familiares e amigos. A artesã está desaparecida desde dia 2 de março, há 14 dias.
Silvana mora em Mariupol com o marido, o ucraniano Vasili Pilipenko, e a sogra de 86 anos. O prédio em que a brasileira reside foi parcialmente bombardeado por tropas russas. Mariupol faz fronteira com a Rússia, no sudeste ucraniano, e é bombardeada desde os primeiros dias da invasão russa. Atualmente, o local está cercado por militares russos.
Nascido na Paraiba, Silvana Pilipenko mantinha contato com os familiares durante a guerra por videochamadas e ligações. No último contato com pessoas próximas, Pilipenko comentou sobre as dificuldades que enfrentava, como falta de água e alimentos e corte de energia e internet.
Em vídeo, a mulher relatou não ter conseguido sair do país devido à idade avançada da sogra. No Instagram, Silvana escreveu que uma das facetas da guerra é “a fome e a sede”. Na última publicação feita, no dia 27 de fevereiro, a paraibana publicou um versículo bíblico como legenda de vídeo de bombardeiros.
A filha Beatriz Vicente, que mora no Brasil, informou que a família está em busca de uma autoridade que possa “intervir e auxiliar nesse momento”.
Itamaraty se pronuncia
O Itamaraty enviou uma nota à imprensa, nesta quarta-feira (16/3), sobre o desaparecimento de Silvana Pilipenko. No comunicado, o órgão informou que já tem conhecimento do caso e que tenta manter contato com regulares com os familiares da brasileira por meio do escritório de apoio em Lviv.
Ainda segundo a nota, organizações internacionais humanitárias em Maripoul foram acionadas para tentar localizar a desaparecida.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori
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