Guerra no leste europeu

Operação militar russa na Ucrânia é um sucesso, diz Putin

Mais uma vez, o presidente considerou que não tinha opções contra a Ucrânia. "Nós simplesmente não tínhamos opções para resolver o problema pacificamente", disse ele, enfatizando que tinha "razões para acreditar" que "componentes de armas biológicas" estavam sendo desenvolvidos em território ucraniano

O presidente russo, Vladimir Putin, avaliou nesta quarta-feira (16) que sua operação militar na Ucrânia é um "sucesso", afirmando que Moscou não deixará este país se transformar em uma "cabeça de ponte" para "ações agressivas" contra a Rússia.

"A operação transcorre com sucesso, em estrita conformidade com os planos preestabelecidos", declarou Putin, segundo comentários transmitidos pela televisão, assegurando, mais uma vez, que não tem a intenção de "ocupar" a Ucrânia.

O presidente considerou, no entanto, que as sanções e condenações ocidentais que atingem o governo russo, sua economia e sua cultura são comparáveis às perseguições contra os judeus e que os países ocidentais estão agindo de "maneira odiosa".

"Paralelos são traçados com pogroms antissemitas", disse ele.

Putin prometeu ajuda financeira a indivíduos e empresas para enfrentar as medidas punitivas e garantiu que a "guerra relâmpago" econômica contra seu país "fracassou".

Mais uma vez, o presidente considerou que não tinha opções contra a Ucrânia. "Nós simplesmente não tínhamos opções para resolver o problema pacificamente", disse ele, enfatizando que tinha "razões para acreditar" que "componentes de armas biológicas" estavam sendo desenvolvidos em território ucraniano.

Ele também afirmou que "os anos de intimidação da população de Donbas", uma região russófona no leste da Ucrânia, onde as autoridades enfrentam rebeldes separatistas pró-Rússia desde 2014, não podem mais ser tolerados.

Segundo Putin, o início de uma ofensiva ucraniana contra Donbas e Crimeia, território que Moscou anexou em 2014, "era uma questão de tempo".

"Não tínhamos outra opção para nos defender (...) não permitiremos que a Ucrânia sirva de plataforma para ações agressivas contra a Rússia", concluiu.