Guerra na Ucrânia

China se esquiva de comentar suposto pedido de ajuda militar da Rússia

Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China se recusou a comentar sobre um suporto pedido de ajuda militar para guerra na Ucrânia

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China se recusou, em coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 14, a comentar um suposto pedido de ajuda militar para guerra na Ucrânia. Questionado por repórter da Bloomberg, Zhao Lijian disse que os Estados Unidos têm espalhado desinformação "maliciosamente" tendo a China como alvo.

"A posição da China na questão da Ucrânia é consistente e clara. Temos desempenhado um papel construtivo em promover conversas de paz", afirmou Zhao. O porta-voz disse ainda que a principal prioridade no momento é que todas as partes exerçam moderação, "esfriem a situação em vez de jogar lenha na fogueira e trabalhem por um acordo diplomático em vez de agravar ainda mais a situação".

Um repórter da AFP reiterou a questão sobre uma possível solicitação russa por ajuda. "Na minha resposta anterior à Bloomberg, já deixei claro que os EUA estão espalhando desinformação. A China elaborou sua posição sobre as relações China-Rússia em várias ocasiões", frisou Zhao.

Em relação à cibersegurança, o porta-voz disse que os números demonstram que os EUA são "verdadeiramente o império hacker" do mundo. "A China está seriamente preocupada com ataques cibernéticos contra outros países que se originam dos EUA e usam a China como trampolim", afirmou Zhao, que apontou a afirmação como evidência de que a China seria alvo de ataques originados em diferentes países.

Na guerra da Ucrânia, tal movimentação poderia levar ao "efeito negativo de enganar a comunidade internacional e espalhar desinformação". O porta-voz disse que a China clama para que os EUA adotem uma atitude mais responsável no ciberespaço e parem imediatamente as "maliciosas" atividades neste ambiente.

Armamento para o Japão

Lijian Zhao também afirmou nesta segunda-feira que seu país está "gravemente preocupado" com declarações vindas do Japão. Em mensagem no Twitter, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China veiculou o link de uma notícia da imprensa japonesa sobre o fato de que o premiê japonês, Fumio Kishida, almejar que os Estados Unidos façam valer a parceria para reforçar as defesas militares japonesas.

De acordo com o porta-voz chinês, Pequim recomenda que o Japão seja "prudente com suas palavras e ações". Segundo a nota da Jiji Press, Kishida disse no Parlamento em Tóquio que seu país continuará a tratar do tema com os EUA "a fim de manter sua força e credibilidade". Para o premiê japonês, com a invasão da Rússia na Ucrânia fica ainda mais importante reforçar a capacidade de defesa de seu país.

Sobre a questão nuclear, a agência japonesa cita o conceito de "compartilhamento nuclear com os Estados Unidos para o gerenciamento conjunto de armas nucleares americanas entre o país e seus aliados". Kishida disse que poderia haver um debate nacional sobre o tema, levando em conta o quadro internacional, mas reiterou que seu governo não planeja discutir o assunto. (Com agências internacionais).

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