Protesto

Manifestantes ocupam mansão em Londres ligada a magnata russo

Quatro manifestantes, três deles com o rosto parcialmente coberto, estavam em uma das varandas e se apresentaram sob o nome de "London Makhnovists", um grupo anarquista

Um grupo de manifestantes ocupou, nesta segunda-feira (14), uma mansão ligada a um magnata russo localizada em um bairro nobre de Londres, pedindo que o imóvel seja usado para abrigar refugiados ucranianos.

"Temos a intenção de usar este prédio para acolher refugiados", disse um dos membros do grupo à imprensa.

Quatro manifestantes, três deles com o rosto parcialmente coberto, estavam em uma das varandas e se apresentaram sob o nome de "London Makhnovists", um grupo anarquista.

Duas faixas - uma azul, com a frase "esta propriedade foi liberada", e outra vermelha, dizendo "f.. Putin" - foram penduradas em duas varandas do imponente edifício creme no número 5 da na Belgrave Square. Em uma janela, uma bandeira ucraniana podia ser vista.

A mansão foi cercada por um cordão policial e protegida por meia dúzia de veículos policiais, observou um jornalista da AFP.

Localizada no centro de Londres, perto do Hyde Park, a propriedade pertence a uma empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas, de acordo com o registro de imóveis.

É administrada por Graham Bonham Carter, um empresário britânico, cujas contas bancárias foram congeladas no início de março pela Justiça britânica. Carter cuida do milionário portfólio de propriedades de Oleg Deripaska no Reino Unido.

Deripaska foi um dos sete milionários russos alvo das sanções anunciadas na quinta-feira pelo governo britânico. Seus bens foram congelados, e agora está proibido de viajar por causa de seus laços com o Kremlin.

Referindo-se às sanções impostas pelo governo britânico aos oligarcas russos com propriedades no Reino Unido, um dos ativistas disse à AFP por telefone que, segundo a lei, "pode levar até seis meses para confiscar suas propriedades".

"Francamente, isso é ridículo (...) estamos confiscando agora as propriedades dele", declarou.