O Irã assumiu neste domingo, 13, a responsabilidade pelos mísseis que atingiram a região próxima a um complexo consular dos Estados Unidos no norte do Iraque, dizendo que foi uma retaliação por um ataque israelense na Síria que matou dois membros de sua Guarda Revolucionária no início desta semana.
O Ministério das Relações Exteriores do Iraque convocou no domingo o embaixador do Irã para protestar contra o ataque, chamando-o de uma violação flagrante da soberania do país. Não houve feridos na ação na cidade de Erbil, que marcou uma escalada significativa entre os EUA e o Irã. A hostilidade entre os inimigos de longa data muitas vezes ocorreu no Iraque, cujo governo é aliado dos dois países.
O ataque foi duramente condenado pelo governo iraquiano, que o chamou de "violação da lei e das normas internacionais" e exigiu uma explicação da liderança iraniana. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Iraque, Ahmad al-Sahhaf, disse à Associated Press que o ministério convocou o embaixador iraniano, Iraj Masjedi, para fazer o protesto diplomático.
Os EUA disseram que o ataque com mísseis emanou do Irã e o condenaram veementemente. "Os ataques foram uma violação ultrajante da soberania do Iraque. Nenhuma instalação dos EUA foi danificada ou pessoal ferido, e não temos indicações de que o ataque foi direcionado aos Estados Unidos", disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price a repórteres em Washington.
A Guarda Revolucionária do Irã disse em seu site que atacou o que descreveu como um centro de espionagem israelense em Erbil. Ela não deu mais detalhes, mas em um comunicado, disse que Israel estava na ofensiva, citando o recente ataque que matou dois membros da organização.