Washington, Estados Unidos - Autoridades americanas e chinesas se reunirão em Roma na segunda-feira (14), anunciou a Casa Branca neste domingo (13), alertando Pequim que enfrentará "consequências" se ajudar a Rússia a evitar as sanções ocidentais impostas desde a invasão da Ucrânia.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reunirá com Yang Jiechi, principal funcionário diplomático do Partido Comunista Chinês.
Os dois líderes e suas respectivas equipes "discutirão os esforços em andamento para gerenciar a competição entre (os) dois países e o impacto da guerra da Rússia contra a Ucrânia na segurança regional e global", disse Emily Horne, porta-voz do Conselho de Segurança Interna da Casa Branca, em um comunicado.
Pequim não condenou diretamente a invasão da Ucrânia por Moscou e culpou repetidamente a "expansão para o leste" da Otan pelo agravamento das tensões entre Kiev e Moscou, uma das principais demandas do presidente russo Vladimir Putin.
"Estamos monitorando de perto até que ponto a China fornece, de uma forma ou de outra, assistência à Rússia, seja material ou econômica", disse Jake Sullivan à CNN no domingo.
"É uma preocupação para nós e deixamos claro para Pequim que não ficaremos de braços cruzados e não deixaremos nenhum país compensar as perdas da Rússia devido às sanções econômicas" impostas desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, acrescentou.
"Haverá consequências absolutas no caso de ações significativas destinadas a contornar as sanções."
As conversas marcadas para segunda-feira na Itália "fazem parte dos esforços contínuos para manter uma linha de comunicação aberta" entre a China e os Estados Unidos, disse Horne no comunicado.
Uma reunião semelhante entre esses dois altos funcionários ocorreu em outubro na Suíça.