Conflito

Memorial israelense do Holocausto suspende colaboração com magnata russo Abramovich

Dono do clube de futebol inglês Chelsea, Abramovich, de 55 anos, havia até então escapado da lista de sanções impostas pelo Reino Unido contra pessoas e entidades ligadas ao poder russo

O memorial israelense do Holocausto Yad Vashem anunciou, na quinta-feira (10), a decisão de suspender a colaboração de um de seus maiores doadores, Roman Abramovich, o magnata russo alvo de sanções por parte do governo britânico pela invasão à Ucrânia.

Dono do clube de futebol inglês Chelsea, Abramovich, de 55 anos, havia até então escapado da lista de sanções impostas pelo Reino Unido contra pessoas e entidades ligadas ao poder russo.

Na quinta-feira, porém, Londres decidiu incluí-lo nesta lista, cujas penalidades incluem o congelamento de bens, a proibição de realizar transações com indivíduos e empresas britânicas e a impossibilidade de viajar para o país.

"À luz dos fatos, o Yad Vashem decidiu suspender sua colaboração estratégica com Roman Abramovich", disse o porta-voz desta instituição, Simmy Allen, em um breve comunicado divulgado em Jerusalém.

Em 22 de fevereiro, dois dias antes do início da ofensiva de Moscou, o Memorial anunciou o lançamento, com Abramovich, de uma "colaboração estratégica para fortalecer as iniciativas do Yad Vashem no campo da pesquisa e da lembrança do Holocausto".

Segundo Allen, a parceria envolvia uma soma de "oito dígitos", fazendo do magnata o segundo maior doador da instituição.