Guerra

Reunião entre ministros da Rússia e da Ucrânia termina sem cessar-fogo

Esta foi a primeira reunião entre os chefes da diplomacia dos dois países desde que o conflito teve início, há 15 dias

Terminou sem acordo a reunião entre os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia nesta quinta-feira (10/3). Este é o encontro mais direito entre os chanceleres desde que o conflito teve início em 24 de fevereiro. Os dois ministros, Sergei Lavrov, da Rússia, e Dmytro Kuleba, da ucrânia, se reuniram na Turquia para discutir um possível cessar-fogo.

Kuleba disse à imprensa que durante o encontro não teve nenhum progresso para acabar a guerra que já dura 15 dias e que a Ucrânia "não se renderá". "Quero repetir que a Ucrânia não se rendeu, não se rende e não se renderá", afirmou.

Ele também afirmou que a situação mais complicada é na cidade de Mariupol, que está cercada por combatentes russos. Kuleba disse que a Rússia não concordou em fazer um corredor humanitário na cidade. Segundo a prefeitura de Mariupol, desde o início do cerco russo à cidade, há nove dias, mais de 1.200 civis morreram.

Mariupol sofreu um bombardeio em um hospital pediátrico nesta quarta-feira (9/3), em que 17 pessoas ficaram feridas. De acordo com o chanceler russo, Sergei Lavrov, o ataque ocorreu porque o local estaria sendo usado como base para nacionalistas ucranianos. "Este hospital pediátrico foi retomado há tempos pelo batalhão de Azov e por outros radicais, e todas as mulheres que iam dar à luz, todas as enfermeiras e todo pessoal de apoio haviam sido expulsos", afirmou à imprensa após a reunião desta quinta.

O ministro também garantiu que a Rússia pretende continuar as negociações com a Ucrânia, só que no formato das outras reuniões, com delegações em Belarus.  "A reunião de hoje confirmou que o formato russo-ucraniano na Belarus não tem alternativa."

Até o momento, os dois países já se reuniram quatro vezes, mas todas as tentativas terminaram sem acordo sobre o fim da guerra. O maior avanço foi a criação de corredores humanitários para que civis possam deixar a Ucrânia em segurança.

Com informações da AFP 

 

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