Os 27 membros da União Europeia (UE) decidiram ampliar suas sanções contra Rússia e Belarus, nesta quarta-feira (9), com a retirada de três bancos bielorrussos da plataforma financeira internacional Swift, além de incluir 14 magnatas russos e 146 senadores à sua lista de restrições.
A UE também decidiu proibir a exportação de peças e de tecnologias destinadas ao setor marítimo para a Rússia e incluir criptomoedas nas sanções, disse a Comissão Europeia no Twitter.
Os milionários e empresários sancionados, bem como membros de suas famílias, trabalham em setores-chave da economia russa, como agricultura, siderurgia e telecomunicações.
Os senadores fazem parte do Conselho da Federação Russa, a Câmara alta do Parlamento.
A lista de restrições europeia, que foi estabelecida desde a anexação russa da Crimeia em 2014, agora inclui um total de 862 pessoas e 53 entidades.
Os europeus também proíbem qualquer transação relacionada a ativos do Banco Central de Belarus, o que ajuda a isolar a instituição, ao reduzir sua margem de manobra. Eles também restringem drasticamente o acesso dos bielorrussos aos mercados financeiros europeus para valores superiores a 100.000 euros.
As medidas foram aprovadas pelos representantes dos países-membros reunidos em Bruxelas. Entrarão em vigor assim que forem publicadas no Diário Oficial da UE.
O objetivo é que a Rússia não consiga contornar as sanções já impostas ao seu setor financeiro e bancário. A UE acusa Belarus de "cumplicidade" na invasão russa da Ucrânia.
Ainda assim, a UE decidiu estender o alcance das sanções às criptomoedas.
Na semana passada, os países do G7 e a UE já haviam anunciado que pretendiam impedir que a Rússia encontrasse maneiras de burlar as sanções ocidentais por meio do uso de criptomoedas.