Atentado terrorista

Homem-bomba do EI que deixou 64 mortos em mesquita do Paquistão era afegão

Eles afirmaram que este cidadão afegão, de 30 anos, se estabeleceu no Paquistão com a família há vários anos.

O homem-bomba do grupo extremista Estado Islâmico que matou 64 pessoas na sexta-feira passada em uma mesquita xiita de Peshawar, nordeste do Paquistão, era um exilado afegão que havia retornado a seu país para preparar o ataque, informaram à AFP duas fontes policiais paquistanesas.

Eles afirmaram que este cidadão afegão, de 30 anos, se estabeleceu no Paquistão com a família há vários anos.

"Ele viajou ao Afeganistão, treinou (para o atentado) e, depois, voltou sem avisar a família", disse uma fonte das forças de segurança.

Desde a chegada ao poder do Talibã e da retirada apressada das forças dos Estados Unidos e da Otan de Cabul em agosto do ano passado, aumenta a preocupação de que o Afeganistão possa virar um campo de recrutamento para grupos armados.

Os talibãs prometeram que não permitiriam o uso do território afegão para o planejamento de ataques contra outros países.

Porém, no mês passado, o Conselho de Segurança da ONU afirmou que no Afeganistão "os grupos terroristas nunca tiveram tanta liberdade na história recente".

A autoria do ataque de Peshawar foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico, cujo braço regional, EI-Khorasan, atua há vários anos no Afeganistão e Paquistão.