O Ministério ucraniano da Defesa acusou a Rússia, nesta terça-feira (8), de não respeitar o corredor humanitário de Mariupol, uma cidade portuária do sudeste da Ucrânia, no 13º dia da invasão russa.
"O inimigo executou um ataque exatamente na direção do corredor humanitário", denunciou o ministério em sua página do Facebook, acrescentando que o Exército russo "não permitiu que crianças, mulheres e idosos abandonassem a cidade".
"Tais ações (...) não são nada além de genocídio", completa o comunicado.
"Violação do cessar-fogo!", tuitou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
A Ucrânia afirma que foram tomadas medidas, incluindo a desminagem de estradas em direção a Zaporizhia, 250 km a noroeste de Mariupol, para permitir a retirada de civis desta cidade portuária de quase 450.000 habitantes.
Há vários dias, o Exército russo sitia Mariupol, uma cidade de importância estratégica por sua proximidade com a anexada Crimeia e a autoproclamada república de Donbass (leste), onde estão localizadas as tropas separatistas pró-Rússia.
Várias tentativas de retirar cerca de 300.000 civis de Mariupol fracassaram nos últimos dias, com Kiev e Moscou trocando acusações.
Hoje, mais cedo pela manhã, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que foram dadas "garantias" sobre a retirada dos moradores de Mariupol, mas que "não funcionaram".