Em manifestação feita nesta sexta-feira (4/3), durante reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), o embaixador do Brasil junto ao organismo internacional, Ronaldo Costa Filho, admitiu preocupação com as consequências que um acidente nuclear na Ucrânia traria “para todos os seres humanos e ao meio ambiente”.
Para o diplomata, há risco iminente de uma explosão de grandes proporções na usina nuclear de Zaporizhzhia, tomada durante a madrugada de confrontos na Ucrânia. “A questão da segurança das instalações nucleares devem ser emergenciais. Radiação. Não sabe onde começa a Rússia ou onde termina a Ucrânia", pontuou.
Especialistas internacionais estimam que o impacto de uma explosão poderia ser equivalente a 10 vezes o do acidente de Chernobyl, mesmo reconhecendo que a usina de Zaporizhzhia é mais segura. "Fazemos um apelo para que Rússia e Ucrânia façam conversações rumo à paz”, finalizou o embaixodor.
Conflito
A Rússia tomou, nesta sexta-feira, o controle da usina nuclear de Zaporizhia, a maior da Europa. Neste nono dia da invasão russa, a Ucrânia reconheceu a tomada da região pelas tropas de Vladimir Putin. Apesar do risco de explosão, ucranianos e americanos não detectaram vazamento radioativo.
"O território da central nuclear de Zaporizhia está ocupado pelas Forças Armadas da Federação Russa", afirmou a agência estatal ucraniana. "Não foram registradas mudanças no nível de radiação. Funcionários operacionais controlam os blocos de energia e garantem seu funcionamento de acordo com as exigências das regulamentações técnicas e de segurança", completa o texto.
Zaporizhia fica 150 quilômetros ao norte da península da Crimeia. De acordo com o governo de Kiev, mísseis russos atingiram um edifício e um laboratório do complexo. As chamas foram controladas antes que houvesse uma explosão. Segundo o governo ucraniano, nas redes sociais, não houve vítimas no ataque.
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