O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, quebrou o protocolo na cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim nesta sexta-feira (4/3) ao repudiar a invasão russa na Ucrânia.
No discurso, Parsons disse estar horrorizado com a invasão. "Nesta noite, quero começar com uma mensagem de paz. Como líder de uma organização que tem a inclusão em seu cerne, na qual a diversidade é celebrada e as diferenças, abraçadas, estou horrorizado com o que está acontecendo no mundo neste momento. O século 21 é tempo de diálogo e diplomacia, não de guerra e ódio", disse.
O evento contou com a presença do presidente chinês Xi Jinping, além dos atletas. O representante do comitê paralímpico convidou as autoridades mundiais a se juntarem, "como os atletas fazem, para promover a paz, o entendimento e a inclusão”.
O Comitê Olímpico Internacional vem reafirmando, ao longo dos últimos anos, a proibição de protestos e manifestações políticas nos eventos das Olimpíadas. Desta vez, o próprio chefe da organização quebrou a regra. Ainda durante a solenidade, a delegação ucraniana foi uma das mais aplaudidas pelos presentes no estádio.
A Paralimpíada de Pequim reunirá cerca de 600 atletas de 46 países até 13 de março, último dia de jogos. O Brasil será representado por seis atletas.
Russos vetados
O Comitê Paralímpico Internacional anunciou nesta quinta (3/3) a exclusão dos atletas que representavam a Rússia e Belarus da Paralimpíada de Inverno. O veto é apenas uma das várias restrições globais à Rússia em resposta ao ataque na Ucrânia.
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*Estagiária sob supervisão de Ronayre Nunes