A ONU informou nesta terça-feira (1/3) que vai pedir ajuda emergencial à Ucrânia para arrecadar US$ 1,7 bilhão em fundos para ajudar as vítimas da invasão russa.
Ainda segundo a organização, estima-se que 12 milhões de pessoas dentro da Ucrânia precisarão de ajuda e cerca de quatro milhões de pessoas deslocadas podem requerer ajuda em países vizinhos nos próximos meses. "Esta é a hora mais sombria para o povo da Ucrânia", disse Martin Griffiths, chefe de Assuntos Humanitários da ONU, em comunicado.
"Precisamos aumentar nossa resposta para proteger a vida e a dignidade dos ucranianos comuns", indicou o funcionário. "Temos que responder com compaixão e solidariedade".
Este chamado para arrecadar fundos inclui uma atribuição de 1.1 bilhão de dólares para ajudar seis milhões de pessoas na Ucrânia durante um primeiro período de três meses.
Este pacote visa distribuir dinheiro para as pessoas mais vulneráveis, alimentos, água e apoio ao sistema de saúde e educação, bem como assistência para construir abrigos e reparar casas danificadas.
"Há famílias com crianças pequenas abrigadas em porões e estações de metrô ou correndo para salvar suas vidas ao som aterrorizante de explosões e sirenes de alarme. O número de vítimas está aumentando rapidamente", alertou.
"A luz vencerá a escuridão", diz presidente
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou na manhã desta terça-feira (1/3) ao Parlamento Europeu, agradecendo o apoio da União Europeia, reafirmando o sofrimento da Ucrânia e pedindo a adesão urgente de seu país à comunidade europeia.
Emocionado, Zelensky disse que a Ucrânia está lutando pelos seus direitos e liberdade, liberdade, “mas também queremos ser membros igualitários da Europa."
"Acredito que estamos mostrando que a UE será mais forte conosco. Sem vocês, ficaremos sós. No mínimo, mostramos que somos tão bons como vocês. Provem que são, de fato, europeus e, assim, a vida vencerá a morte e a luz vencerá a escuridão. Glória à Ucrânia", disse Zelensky.
Sexto dia de guerra
O sexto dia de conflito entre a Rússia e a Ucrânia registra ainda mais tensão. Não só porque os bombardeios não cessaram na segunda-feira (28/2), como era esperado com a negociação decorrendo na fronteira da Bielorrússia, como porque, na madrugada, o satélite norte-americano Maxar mostrava uma coluna de mais de 60 quilômetros de tropas e aparato militar da Rússia a caminho da capital ucraniana. Kiev amanheceu debaixo de neve, ao som de sirenes.
De acordo com a empresa dos Estados Unidos, a coluna militar “estende-se dos arredores do aeroporto de Antonov, a cerca de 25 quilômetros do centro de Kiev, no sul, até os arredores de Prybirsk, no Norte”.
O Parlamento da Ucrânia informam que tropas da Bielorrússia se uniram aos militares russos e já estão em territórios do norte do país invadido. Na madrugada, um míssil atingiu um prédio governamental em Khirkiv, segunda maior do país.
Com informações da AFP.