Pandemia

Cachorros robôs anunciam lockdown na China; veja o momento futurista

"Meça a temperatura e desinfete-se com frequência. Evite aglomerações e fique ao ar livre. O controle e a prevenção da pandemia são comprovados cientificamente", diz a mensagem transmitida pelas "máquinas"

Jéssica Gotlib
postado em 31/03/2022 18:42 / atualizado em 31/03/2022 18:43
A China reforçou as medidas de contenção da covid-19 em diversas regiões e aumentou os embargos às aglomerações -  (crédito: @flanivan/Twitter/Reprodução)
A China reforçou as medidas de contenção da covid-19 em diversas regiões e aumentou os embargos às aglomerações - (crédito: @flanivan/Twitter/Reprodução)

A China segue com medidas rígidas de quarentena e isolamento social para tentar conter os novos casos de covid-19. Na segunda-feira (28/3), o governo local anunciou um lockdown em duas etapas na cidade de Xangai, um dos maiores polos econômicos do país. Entretanto, o que chamou a atenção na internet foi o método usado para lembrar os moradores de cumprir as medidas restritivas: cachorros robôs e drones.

Em vídeos compartilhados nas redes sociais, os robôs passeiam por ruas desertas enquanto megafones, atados a eles, anunciam os protocolos sanitários. “Meça a temperatura e desinfete-se com frequência. Evite aglomerações e fique ao ar livre. O controle e a prevenção da pandemia são comprovados cientificamente. Lave as mãos com frequência e use máscara”, diz o texto difundido no idioma local.

Outra filmagem mostra um drone sobrevoando casas enquanto transmite uma mensagem parecida. Os internautas se dividem entre aqueles que temem a inovação, com comentários como “parece um filme pós apocalíptico” e “dá medo”, e os que se divertem com a situação. “Espero que não deixe mancha de óleo no chão” e “isso não é bom, o robô está na contramão do trânsito”, são algumas das brincadeiras.

Covid na China causa duras restrições

No último mês, a China reforçou as medidas de contenção da covid-19 em diversas regiões e aumentou os embargos às aglomerações em locais onde foram detectados novos casos. Na cidade de Xangai que tem 25 milhões de habitantes, por exemplo, o lockdown escalonado foi instituído após um recorde no número de novos infectados.

Foram 2,6 mil novos casos no último sábado (26/3), o maior desde o início da pandemia, há dois anos. Para os padrões internacionais, entretanto, o número pode não ser tão significativo. A título de comparação, o Brasil registrou 30,4 mil novos casos nessa quarta-feira (30/3). Ainda assim, o país segue paulatinamente reduzindo as restrições de circulação e medidas sanitárias obrigatórias.

O mesmo acontece na Europa. Também na quarta, a Dinamarca foi o primeiro país da União Europeia a anunciar o fim por completo das medidas de combate ao coronavírus. Entre as novidades, está a permissão para que visitantes cheguem ao local sem precisar apresentar qualquer documentação relacionada à covid-19.

No cerne das medidas tão contrastantes, está a diferença de abordagem em relação ao vírus. O país oriental implementa a chamada ‘política de covid zero’, que consiste em manter a taxa de transmissão do vírus em um nível baixíssimo ou inexistente. Enquanto isso, europeus e outros ocidentais disseminam cada vez mais a ideia de que será preciso conviver com o coronavírus.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação