Depois de mais de um mês do início da invasão pela Rússia, a Ucrânia pediu nesta terça-feira, 30, que o Brasil aderisse ao sistema de sanções econômicas contra o país comandado por Vladimir Putin. "É preciso isolar internacionalmente a Rússia para que eles sintam os efeitos negativos na própria pele", afirmou Anatoly Tkach, encarregado de negócios da embaixada da Ucrânia, que foi recebido por integrantes da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara.
O Brasil vem mantendo uma posição neutra nessa guerra, de acordo com o presidente Jair Bolsonaro, e não tem intenções de criar indisposição com Moscou neste momento em que houve uma disparada dos preços dos fertilizantes e que o Brasil é dependente do produto para acelerar o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola do País. Dias antes do início do conflito, Bolsonaro esteve com Putin justamente para tratar desse assunto. Com a falta de fertilizantes no mercado e a alta dos preços, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, esteve no Canadá no início deste mês em busca de novos fornecedores.
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Tkach reuniu-se com o presidente da CREDN, deputado Aécio Neves (PSDB-MG); e os deputados Claúdio Cajado (DEM-BA), presidente do Grupo Parlamentar Brasil - Ucrânia; Luiz Phillippe de Orleans e Brangança (PL-SP); e Marcel Van Hatten (NOVO-RS). Ele também pediu o apoio do Congresso para que o Brasil envie uma nova remessa de ajuda humanitária para a Ucrânia.
O encarregado de negócios afirmou, de acordo com a CREDN, que os soldados russos foram autorizados por Moscou a roubarem as casas e as ajudas humanitárias destinadas aos ucranianos. Além disso, acusou de estarem "estuprando nossas mulheres, bombardeando bairros civis e matando inocentes".
O diplomata disse também que 12 milhões de pessoas já foram deslocadas interna e externamente, por conta da guerra, e o prejuízo econômico para o país pode ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão.
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