União Europeia

Erdogan pede à UE para retomar negociações de adesão da Turquia

O presidente turco pediu à União Europeia que seja retomada as as "negociações de adesão" do país com o bloco

Agence France-Presse
postado em 22/03/2022 15:35 / atualizado em 22/03/2022 15:35
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan  -  (crédito: SAVO PRELEVIC)
Presidente turco Recep Tayyip Erdogan - (crédito: SAVO PRELEVIC)

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu nesta terça-feira (22) à União Europeia (UE) que retome as "negociações de adesão" com a Turquia, antes de uma cúpula europeia em Bruxelas dedicada à invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Esperamos que a UE abra rapidamente os capítulos das negociações de adesão e que inicie as negociações sobre a união aduaneira sem ceder a cálculos cínicos", declarou Erdogan, após um encontro em Ancara com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte.

As declarações do presidente turco ocorrem quando a guerra na Ucrânia facilita para o governo turco retornar ao cenário internacional pelos seus esforços de mediação.

As negociações sobre uma eventual adesão da Turquia à UE, iniciadas em 2005, se estagnaram nos últimos anos por causa das tensões com a UE em diversos assuntos.

No final de 2020, a Comissão Europeia considerou que as possibilidades de adesão da Turquia estavam em "ponto morto" por conta das decisões contrárias aos interesses da UE tomadas por seus líderes.

"A Turquia continuou se afastando da União Europeia, com um sério retrocesso nos campos do Estado de Direito e direitos fundamentais", deplorou a Comissão em um relatório.

As relações entre UE e Turquia tornaram-se tensas após a frustrada tentativa de golpe de Estado em julho de 2016 e a repressão posterior, que afetou opositores e jornalistas.

Os chefes de Estado e governo da UE se reunirão em Bruxelas na quarta-feira para uma cúpula de dois dias dedicada à gestão das consequências da invasão russa da Ucrânia. Também haverá uma cúpula da Otan em Bruxelas na quinta-feira.

Aliado da Ucrânia e membro da Otan, a Turquia se esforça desde o início da crise na Ucrânia para facilitar uma mediação entre Rússia e o governo ucraniano, mas se recusou a se alinhar com as sanções ocidentais contra a Rússia.

 

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