Rússia X Ucrânia

Rússia desiste de votar resolução humanitária sobre a Ucrânia na ONU por falta de apoio

A Rússia, que apresentou um projeto de resolução ao Conselho de Segurança na terça-feira, pediu uma votação na quarta antes de mudar de ideia e adiá-la para quinta e depois para sexta

Agence France-Presse
postado em 17/03/2022 18:41 / atualizado em 17/03/2022 19:10
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

Cada vez mais isolada, a Rússia desistiu de colocar uma resolução humanitária sobre a Ucrânia em votação no Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira, ao saber que carece do apoio dos aliados mais próximos, segundo vários diplomatas que pediram anonimato à AFP nesta quinta-feira (17/3).

"Recorreram ao co-patrocínio" para seu texto sobre o aspecto humanitário "e não houve retorno", disse um embaixador que pediu para não ter a identidade revelada, insinuando que nem a China nem a Índia apoiam a polêmica iniciativa russa e não votariam a favor.

A Rússia, que apresentou um projeto de resolução ao Conselho de Segurança na terça-feira, pediu uma votação na quarta-feira antes de mudar de ideia e adiá-la para quinta-feira e depois para sexta-feira.

Moscou esperava contar com o apoio da China e da Índia, dois países que se abstiveram em 25 de fevereiro na votação da resolução apresentada pelos Estados Unidos e pela Albânia para denunciar a "agressão" da Ucrânia, vetada pela Rússia.

"Esta semana, perversamente, a Rússia apresentou uma resolução que, entre outras coisas, pedia proteção para civis, incluindo mulheres e crianças. É um jogo cínico diante do sofrimento humano extremo", criticou a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward, nesta quinta-feira na quinta reunião do Conselho de Segurança dedicada à Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.

"Justamente quando as forças russas atacaram Mariupol", em particular um teatro que abrigava centenas de pessoas e crianças, completou a diplomata britânica.

"A Ucrânia nunca será uma vitória para Putin. Independentemente do progresso que ele fizer, ou das pessoas que ele matar ou das cidades que ele destruir", afirmou a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.

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