Mais de 100.000 refugiados se somaram nas últimas 24 horas às três milhões de pessoas que já fugiram da Ucrânia e dos combates desencadeados pela invasão do Exército russo em 24 de fevereiro, segundo o balanço da ONU publicado nesta quinta-feira (17).
A ONU também identificou cerca de dois milhões de pessoas deslocadas internamente.
Metade dos refugiados são crianças.
- 3.169.897 refugiados -
Por volta das 8h00, o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) contabilizava 3.169.897 refugiados. São 106.802 a mais do que durante a marcação anterior na quarta-feira.
Cerca de 162.000 cidadãos de países terceiros fugiram da Ucrânia, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na quarta-feira.
A Europa não via um fluxo tão rápido de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.
Quatro milhões de pessoas podem querer deixar o país para escapar da guerra, de acordo com as primeiras previsões da ONU.
Antes do conflito, a Ucrânia tinha mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev – sem, portanto, contar a Crimeia (sul) anexada pela Rússia, nem as áreas do leste sob o controle de separatistas pró-russos.
- Polônia -
A Polônia sozinha acolhe mais da metade de todos os refugiados que fugiram desde o início da invasão russa - cerca de seis em cada 10 refugiados.
Desde 24 de fevereiro, 1.916.445 pessoas fugindo do conflito na Ucrânia entraram na Polônia, segundo o ACNUR.
A Guarda de Fronteira polonesa registrou uma queda de 11% nas chegadas na quarta-feira em comparação com o dia anterior.
Antes desta crise, a Polônia já era lar de cerca de 1,5 milhão de ucranianos que vinham, na sua maioria, trabalhar neste país membro da União Europeia.
- Romênia -
De acordo com a agência de refugiados da ONU, 491.409 pessoas estão na Romênia, segundo contagem de 16 de março. Tal como acontece com a Moldávia, muitos refugiados decidem seguir viagem uma vez em segurança.
- Moldávia -
Após a chegada à Moldávia, um pequeno país de 2,6 milhões de habitantes e um dos mais pobres da Europa, alguns dos refugiados continuam sua jornada para a Romênia ou Hungria, muitas vezes para encontrar familiares.
De acordo com o ACNUR, 350.886 pessoas entraram na Moldávia.
- Hungria -
A Hungria recebeu 282.611 pessoas até agora, segundo dados do ACNUR em 16 de março.
O país tem cinco postos fronteiriços com a Ucrânia. Várias cidades fronteiriças, como Zahony, converteram prédios públicos em centros de assistência, onde civis húngaros vêm oferecer comida ou assistência.
- Eslováquia -
De acordo com o ACNUR atualizado em 16 de março, 228.844 pessoas que fugiram da Ucrânia foram para a Eslováquia.
- Rússia -
O número de pessoas que encontraram refúgio na Rússia era de quase 168.858 em 16 de março.
O ACNUR também observa que entre 21 e 23 de fevereiro, 50.000 pessoas cruzaram os territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk para a Rússia.
- Belarus -
Em 16 de março, Belarus havia recebido 2.127 pessoas.
- Método -
O ACNUR suprimiu a seção relativa aos outros países europeus e especifica que para os países que fazem fronteira com a Ucrânia e que fazem parte do espaço Schengen (Hungria, Polônia, Eslováquia), os números apresentados pelo Alto Comissário são os de pessoas que atravessaram a fronteira e entraram no país.
O ACNUR estima "que um grande número de pessoas continuou seu trajeto para outros países".
Além disso, a organização indica que não conta pessoas de países vizinhos e que saíram da Ucrânia para voltar para casa.
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