Refúgio

Três milhões de pessoas já fugiram da guerra na Ucrânia, incluindo 100 mil nas últimas 24h

A ONU também identificou cerca de dois milhões de pessoas deslocadas internamente

Agence France-Presse
postado em 17/03/2022 11:14 / atualizado em 17/03/2022 11:40
 (crédito: THOMAS KIENZLE / AFP)
(crédito: THOMAS KIENZLE / AFP)

Mais de 100.000 refugiados se somaram nas últimas 24 horas às três milhões de pessoas que já fugiram da Ucrânia e dos combates desencadeados pela invasão do Exército russo em 24 de fevereiro, segundo o balanço da ONU publicado nesta quinta-feira (17).

A ONU também identificou cerca de dois milhões de pessoas deslocadas internamente.

Metade dos refugiados são crianças.

- 3.169.897 refugiados -
Por volta das 8h00, o Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) contabilizava 3.169.897 refugiados. São 106.802 a mais do que durante a marcação anterior na quarta-feira.

Cerca de 162.000 cidadãos de países terceiros fugiram da Ucrânia, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na quarta-feira.

A Europa não via um fluxo tão rápido de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial.

Quatro milhões de pessoas podem querer deixar o país para escapar da guerra, de acordo com as primeiras previsões da ONU.

Antes do conflito, a Ucrânia tinha mais de 37 milhões de pessoas nos territórios controlados por Kiev – sem, portanto, contar a Crimeia (sul) anexada pela Rússia, nem as áreas do leste sob o controle de separatistas pró-russos.

- Polônia -
A Polônia sozinha acolhe mais da metade de todos os refugiados que fugiram desde o início da invasão russa - cerca de seis em cada 10 refugiados.

Desde 24 de fevereiro, 1.916.445 pessoas fugindo do conflito na Ucrânia entraram na Polônia, segundo o ACNUR.

A Guarda de Fronteira polonesa registrou uma queda de 11% nas chegadas na quarta-feira em comparação com o dia anterior.

Antes desta crise, a Polônia já era lar de cerca de 1,5 milhão de ucranianos que vinham, na sua maioria, trabalhar neste país membro da União Europeia.

- Romênia -
De acordo com a agência de refugiados da ONU, 491.409 pessoas estão na Romênia, segundo contagem de 16 de março. Tal como acontece com a Moldávia, muitos refugiados decidem seguir viagem uma vez em segurança.

- Moldávia -
Após a chegada à Moldávia, um pequeno país de 2,6 milhões de habitantes e um dos mais pobres da Europa, alguns dos refugiados continuam sua jornada para a Romênia ou Hungria, muitas vezes para encontrar familiares.

De acordo com o ACNUR, 350.886 pessoas entraram na Moldávia.

- Hungria -
A Hungria recebeu 282.611 pessoas até agora, segundo dados do ACNUR em 16 de março.

O país tem cinco postos fronteiriços com a Ucrânia. Várias cidades fronteiriças, como Zahony, converteram prédios públicos em centros de assistência, onde civis húngaros vêm oferecer comida ou assistência.

- Eslováquia -
De acordo com o ACNUR atualizado em 16 de março, 228.844 pessoas que fugiram da Ucrânia foram para a Eslováquia.

- Rússia -
O número de pessoas que encontraram refúgio na Rússia era de quase 168.858 em 16 de março.

O ACNUR também observa que entre 21 e 23 de fevereiro, 50.000 pessoas cruzaram os territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk para a Rússia.

- Belarus -
Em 16 de março, Belarus havia recebido 2.127 pessoas.

- Método -
O ACNUR suprimiu a seção relativa aos outros países europeus e especifica que para os países que fazem fronteira com a Ucrânia e que fazem parte do espaço Schengen (Hungria, Polônia, Eslováquia), os números apresentados pelo Alto Comissário são os de pessoas que atravessaram a fronteira e entraram no país.

O ACNUR estima "que um grande número de pessoas continuou seu trajeto para outros países".

Além disso, a organização indica que não conta pessoas de países vizinhos e que saíram da Ucrânia para voltar para casa.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação