MARIUPOL

Autoridades ucranianas acusam Rússia de bombardear teatro que abrigava civis

Segundo comunicado da Câmara Municipal de Mariupol, muitos moradores estavam escondidos no local com crianças pequenas, e ainda não há informações sobre vítimas. A Rússia nega o ataque

Karolini Bandeira*
postado em 16/03/2022 19:01 / atualizado em 16/03/2022 19:02
 (crédito: Handout / National Police of Ukraine / AFP)
(crédito: Handout / National Police of Ukraine / AFP)

Autoridades de Mariupol, cidade ao sul da Ucrânia que faz fronteira com a Rússia, acusam o governo russo de lançar bombas em um teatro. O local estava sendo usado como abrigo para moradores se esconderem dos ataques. 

Segundo a filial ucraniana da agência Interfax, o canal no Telegram da Câmara Municipal de Mariupol divulgou uma nota em que afirma que o espaço servia de alojamento para centenas de pessoas.

"Ainda é impossível avaliar a escala desse ato terrível e desumano", diz o comunicado das autoridades. Ainda de acordo com o notificado, parte do edifício desabou e os destroços bloquearam a entrada do abrigo antiaéreo.

Segundo um parlamentar de Mariupol, ainda não se sabe se há sobreviventes. "Muitos moradores estavam escondidos no teatro com crianças pequenas", relatou Serhii Taruta. Na contramão, o Ministério da Defesa da Rússia negou os bombardeiros no teatro.

Cidade “apocalíptica”

Mariupol está localizada em uma região estratégica para as forças russas. Se tomada pela Rússia, Mariupol servirá de ponte entre a Crimeia e os territórios separatistas do leste ucraniano. De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, a cidade vive uma situação “apocalíptica”.

Os militares russos isolaram a cidade, cortaram os sinais telefônicos e impediram o abastecimento do local. Os civis sofrem sem energia e internet e com a escassez de água e comida.

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

 

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