Um astronauta dos Estados Unidos se prepara para voltar à Terra, após temores de que sua "carona" russa para casa poderia não se concretizar.
Inicialmente, acreditava-se que Mark Vande Hei — que está há 355 dias no espaço — poderia ser deixado para trás na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) devido ao aumento das tensões entre os dois países após a invasão russa da Ucrânia.
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Mas foi confirmado que ele viajará a bordo de uma cápsula russa para o Cazaquistão. Ele será trazido de volta à Terra junto a dois astronautas russos.
"Posso dizer com certeza que Mark está voltando para casa... Estamos em comunicação com nossos colegas russos. Não há dúvidas sobre isso", declarou Joel Montalbano, gerente do programa da Estação Espacial Internacional da Nasa, agência espacial americana.
Ele afirmou que os astronautas estavam "conscientes do que está acontecendo" no mundo, mas ainda trabalham em equipe.
Sob a lei espacial internacional, astronautas de todas as nações devem "fornecer toda a ajuda possível" a outros astronautas quando necessário, "incluindo pouso de emergência em um país estrangeiro ou no mar".
Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial russa Roscosmos, havia alertado anteriormente que as sanções ocidentais impostas ao seu país poderiam causar problemas técnicos à ISS, mas Montalbano disse que a estação espacial continuou funcionando sem problemas.
"Todas essas atividades continuaram por 20 anos e nada mudou nas últimas três semanas. Nossos centros de controle operam com sucesso, sem falhas, perfeitamente", afirmou.
Os EUA controlam a energia e o suporte à vida a bordo da ISS, enquanto a Rússia controla coisas como sua propulsão.
No início deste mês, Rogozin anunciou na TV estatal russa que a Roscosmos interromperia as vendas de foguetes para os EUA em resposta às sanções contra a Rússia.
Enquanto isso, Vande Hei, de 55 anos, acaba de bater um novo recorde americano de maior tempo de permanência no espaço.
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