O governo britânico disse nesta segunda-feira que é “inadequado” a torcida do Chelsea cantar o nome do proprietário do clube, o milionário russo Roman Abramovich, alvo de sanções por conta de sua suposta proximidade com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
No dia 5 de março, os torcedores do Chelsea cantaram o nome de Abramovich durante o minuto de aplausos em solidariedade à Ucrânia antes do jogo contra o Burnley, pela 28ª rodada do Campeonato Inglês.
O técnico dos ‘Blues’, Thomas Tuchel, reprovou a atitude dos torcedores ao fim da partida.
“Não era o momento de fazer isso”, criticou o treinador. “Se queremos mostrar nossa solidariedade, mostramos nossa solidariedade e fazemos todos juntos”, acrescentou.
Os torecedores repetiram essa conduta em todos os jogos do Chelsea desde então, contra Norwich e Newcastle.
“Somos plenamente conscientes do tamanho dos sentimentos em torno de um clube popular, mas isso não serve de desculpa para uma atitude completamente inadequada no momento atual”, disse o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson.
“Creio que as pessoas podem expressar sua paixão e seu apoio sem recorrer a esse tipo de coisa”, acrescentou Johnson.
Abramovich comprou o Chelsea em 2003 e transformou o clube em um dos maiores da Europa, com 19 títulos sob sua gestão depois de investir centenas de milhões de libras, tornando-se uma figura de grande popularidade entre os torcedores.
As sanções contra o milionário russo, como o congelamento de seus bens, afetaram o clube com a perda de patrocinadores e a proibição de venda de ingressos e negociação de jogadores.
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