A partir desta segunda-feira (14), os franceses não são mais obrigados a usar máscara de proteção no trabalho, nem a apresentar o passaporte sanitário nos restaurantes, após o fim da maioria das restrições anticovid-19, ainda que em um contexto de cautela por uma "recuperação" dos casos.
"A partir de hoje, não é mais obrigatório usar máscara, nem mostrar seu passe. Todos estávamos esperando por isso!", tuitou o ministro da Saúde, Olivier Véran, que pediu "vigilância" em relação às pessoas vulneráveis.
O uso da máscara fica mantido apenas nos transportes públicos e nos centros de saúde. Nestes últimos, o passaporte sanitário também deverá ser apresentado.
Para Jordan Taurian, de 30 anos, diretor de uma escola de marketing, "os alunos vão ficar felizes", mas há um "pouco de preocupação" entre os professores quando há muitos alunos em sala.
No início de março, a um mês da eleição presidencial, o governo anunciou o fim dessas medidas, alegando uma melhora na situação de saúde. Nos últimos dias, porém, o número de casos de covid-19 aumentou.
No domingo, divulgou-se o registro de uma média de mais de 65.250 casos nos últimos sete dias, contra 50.646 da semana anterior. Esta mudança de tendência ainda não afeta os serviços de terapia intensiva.
Em seu cenário mais pessimista, o Instituto Pasteur considera que os contágios podem passar de 100 mil casos diários em março. O número é alto, mas inferior ao registrado em janeiro.
Apesar de 80% da população ter sido totalmente vacinada, os especialistas pedem cautela.
"É cedo para virar a página da covid, mesmo que tenhamos vontade", tuitou o diretor-geral dos hospitais de Paris, dr. Rémi Salomon.
No sábado, o governo anunciou que pessoas acima de 80 anos poderão tomar uma quarta dose da vacina anticovid-19 e recomendou que pessoas com saúde delicada continuem a usar a máscara.
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