O domingo (13/3) teve um dos mais significativos ataques dentro dos 18 dias da invasão russa à Ucrânia. Mísseis atingiram uma base militar no oeste do país, a apenas 10 km da fronteira com a Polônia, membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança militar ocidental).
A Ucrânia afirma que até 30 mísseis foram disparados contra o Centro Internacional para Manutenção da Paz e Segurança (IPSC, na sigla em inglês) de Yavoriv, na região de Lviv.
As autoridades do país dizem que ao menos 35 pessoas morreram e 134 ficaram feridas.
O governo russo informou números distintos e declarou que a ofensiva matou "até 180 mercenários estrangeiros".
Veja abaixo outros acontecimentos no 18° dia da Guerra da Ucrânia:
Posicionamento da China
Dois jornais, o britânico Financial Times e o norte-americano New York Times, veicularam reportagens sobre um pedido da Rússia de ajuda militar e econômica por parte da China na invasão à Ucrânia.
O porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, afirmou que "nunca ouviu isso" e disse que Pequim está concentrada em não deixar que o conflito saia de controle.
"A maior prioridade agora é evitar que essa tensa situação piore ainda mais ou saia de controle. A China tem permanecida neutra na guerra e não condenou os ataques russos.
A reportagem do Financial Times diz que há indícios de que os chineses estejam dispostos a cooperar com a Rússia.
Morte de jornalista
O jornalista norte-americano Brent Renaud, de 50 anos, foi morto a tiros na cidade de Irpin, nos arredores da capital Kiev.
Renaud era um premiado jornalista e cineasta que já havia trabalhado para o jornal americano New York Times.
O chefe da polícia de Kiev, Andriy Nebytov, disse que o repórter foi alvo de soldados russos. Dois outros jornalistas ficaram feridos e foram levados ao hospital.
É a primeira morte de um jornalista estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia.
Protestos na Rússia e na Europa
Atos contra a Guerra da Ucrânia em 37 cidades russas neste domingo acabaram com 817 pessoas presas, segundo a organização OVD-Info, que monitora detenções em protestos na Rússia.
Governo russo tem aumentado o cerco à oposição feita contra o conflito. Só em Moscou foram 300 os detidos.
Já em Berlim, uma manifestação contra a guerra no centro da capital alemã chegou a reunir cerca de 30 mil pessoas.
Chernobyl com energia de novo
A energia foi restaurada na usina nuclear de Chernobyl. Apesar de desativada, equipamentos de monitoramento dos níveis de radiação dependem de eletricidade. Havia risco de vazamento já que o local ainda tem elementos radioativos após o pior acidente nuclear da história.
Forças russas tomaram o controle da usina já no primeiro dia da invasão. Ainda há preocupação sobre o trabalho dos funcionários que agora estão sob ordem de autoridades da Rússia.
Segundo a BBC apurou, a atmosfera é calma dentro de Chernobyl, mas comida e remédios estão limitados.
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