Guerra na Ucrânia

Macron reforça que UE não está em guerra contra Rússia, mas fala em novas sanções

O presidente da França disse que a União Europeia não está em guerra contra a Rússia mas que deve apoiar a Ucrânia

Agência Estado
postado em 11/03/2022 17:32 / atualizado em 11/03/2022 17:32
O presidente da França, Emmanuel Macron -  (crédito: Ludovic MARIN / POOL / AFP)
O presidente da França, Emmanuel Macron - (crédito: Ludovic MARIN / POOL / AFP)

O presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou nesta sexta-feira que a União Europeia (UE) não está em guerra contra a Rússia, embora tenha o compromisso de apoiar a Ucrânia até o fim do conflito. O comentário foi feito durante coletiva de imprensa após cúpula de líderes do bloco na cidade francesa de Versalhes.

Macron afirmou que um comunicado do G-7 deve detalhar, ainda hoje, as sanções adicionais contra Moscou. Segundo ele, os aliados ocidentais estão preparados para impor mais punições ao Kremlin, caso necessário. "Todas as opções ainda estão na mesa", comentou.

O líder francês disse que os europeus sugeriram um programa com mais 500 milhões de euros em ajuda aos ucranianos. Na visão dele, a prioridade neste momento é garantir um cessar-fogo imediato e a rápida retirada das tropas russas do território vizinho.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou nesta sexta-feira que o processo de inscrição da Ucrânia para entrada na União Europeia tem avançado em ritmo rápido. Segundo ela, após o pedido de Kiev, líderes do bloco discutiram a questão em cúpula em Versalhes, na França.

"Hoje abrimos o caminho em nossa direção para a Ucrânia. O país é parte da nossa família europeia", disse, durante coletiva de imprensa, ao lado dos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e francês, Emmanuel Macron.

Von der Leyen explicou que a Comissão formará uma opinião, em breve, sobre a adesão dos ucranianos à UE. Segundo ela, a solicitação representa uma expressão do direito da Ucrânia em escolher o seu destino.

A presidente da Comissão Europeia ressaltou ainda que a guerra no Leste Europeu é um ponto de virada para a UE, que precisará fazer "investimentos adicionais significativos" em defesa para se proteger. "Agressão de Vladimir Putin contra Ucrânia é uma agressão contra nossos valores", comentou.

Sanções

Após cúpula de líderes da União Europeia em Versalhes, na França, Ursula Von der Leyen que o bloco apresentará uma quarta rodada de sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia. "Essas sanções internacionais isolarão a Rússia do contexto internacional", afirmou, durante entrevista coletiva, sem apresentar mais detalhes.

Von der Leyen revelou ainda que, até o final deste mês, o braço executivo da UE pretende introduzir propostas para mitigar os efeitos da guerra nos preços de energia. "Mas também devemos pensar no próximo inverno. Formaremos um grupo para determinar como reabastecer nossas reservas", disse.

Segundo ela, a Comissão prepara um plano, para o final de maio, que estabelecerá as ações que visem tornar a Europa independente de gás natural, petróleo e carvão russos até 2027.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também defendeu um plano de curto prazo para o setor energético visando o próximo inverno no Hemisfério Norte. "Nossa dependência à energia russa é muito grande", argumentou.

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