Sanções econômicas

Putin anuncia medidas de reação a sanções do Ocidente durante guerra

Em pronunciamento na televisão, o presidente russo disse que sanções em razão da guerra contra a Ucrânia são "ilegítimas", e anuncia proibição da exportação de diversos produtos

Taísa Medeiros
postado em 10/03/2022 21:28 / atualizado em 10/03/2022 21:33
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em manifestação transmitida pela televisão nesta quinta-feira (10/3), anunciou medidas em reação às sanções das potências ocidentais ao seu país. Dentre as estratégias adotadas, estão a permissão para a nacionalização de empresas ocidentais e a proibição da exportação de vários produtos russos.

Em decreto assinado pouco antes da transmissão, o governo russo restringe a exportação e a importação de produtos e matérias-primas até o fim de 2022.

"A lista inclui tecnologia, telecomunicações, equipamentos médicos, veículos, máquinas agrícolas, equipamentos elétricos — mais de 200 itens no total, incluindo vagões e locomotivas, contêineres, turbinas, máquinas de processamento de metal e pedra, monitores, projetores, consoles e painéis", informa o gabinete presidencial russo no comunicado.

Putin disse que as sanções ocidentais são ilegítimas e que a Rússia resolverá calmamente os problemas decorrentes delas. Apesar disso, não negou os impactos que as sanções causam à economia, mas defende que se trata de algo temporário.

“Nesses momentos, a demanda por determinados bens sempre aumenta, mas não temos dúvidas de que resolveremos todos esses problemas trabalhando com calma”, diz.

Sobre o conflito na Ucrânia, Putin disse que não havia alternativa e que o país não pode aceitar comprometer sua soberania por algum tipo de benefício econômico de curto prazo.

“Essas sanções teriam sido impostas de qualquer maneira. Existem algumas questões, problemas e dificuldades, mas no passado nós os superamos e vamos superá-los agora. No final, tudo isso levará a um aumento em nossa independência, autossuficiência e nossa soberania”, defende o presidente.

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