O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em manifestação transmitida pela televisão nesta quinta-feira (10/3), anunciou medidas em reação às sanções das potências ocidentais ao seu país. Dentre as estratégias adotadas, estão a permissão para a nacionalização de empresas ocidentais e a proibição da exportação de vários produtos russos.
Em decreto assinado pouco antes da transmissão, o governo russo restringe a exportação e a importação de produtos e matérias-primas até o fim de 2022.
"A lista inclui tecnologia, telecomunicações, equipamentos médicos, veículos, máquinas agrícolas, equipamentos elétricos — mais de 200 itens no total, incluindo vagões e locomotivas, contêineres, turbinas, máquinas de processamento de metal e pedra, monitores, projetores, consoles e painéis", informa o gabinete presidencial russo no comunicado.
Putin disse que as sanções ocidentais são ilegítimas e que a Rússia resolverá calmamente os problemas decorrentes delas. Apesar disso, não negou os impactos que as sanções causam à economia, mas defende que se trata de algo temporário.
“Nesses momentos, a demanda por determinados bens sempre aumenta, mas não temos dúvidas de que resolveremos todos esses problemas trabalhando com calma”, diz.
Sobre o conflito na Ucrânia, Putin disse que não havia alternativa e que o país não pode aceitar comprometer sua soberania por algum tipo de benefício econômico de curto prazo.
“Essas sanções teriam sido impostas de qualquer maneira. Existem algumas questões, problemas e dificuldades, mas no passado nós os superamos e vamos superá-los agora. No final, tudo isso levará a um aumento em nossa independência, autossuficiência e nossa soberania”, defende o presidente.
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