Guerra na Ucrânia

Após pressão internacional, McDonald's fecha restaurantes na Rússia

Decisão foi anunciada nesta terça-feira (8/3) e atinge todas as 850 lojas da rede no país; os 62 mil funcionários continuarão sendo pagos normalmente

Jéssica Gotlib
postado em 08/03/2022 16:20 / atualizado em 08/03/2022 16:42
9% da receita anual da gigante alimentícia vem das lojas russas e ucranianas, o equivalente a 2,1 bilhões de dólares -  (crédito: AFP)
9% da receita anual da gigante alimentícia vem das lojas russas e ucranianas, o equivalente a 2,1 bilhões de dólares - (crédito: AFP)

Depois de mais de uma semana pressionado nas redes sociais pela #BoycottMcDonalds, a cadeia de fast-food mais famosa do mundo encerrou suas operações na Rússia. O anúncio do McDonald's foi feito nesta terça-feira (8/3), após 32 anos no país governado por Vladmir Putin. De acordo com a nota enviada à imprensa, todas as 850 lojas da cadeia no país serão fechadas. Apesar disso, os 62 mil funcionários continuarão sendo pagos normalmente.

A empresa deixou claro que o fechamento é apenas temporário, entretanto não há data para que os restaurantes voltem a funcionar. “À medida que avançamos, o McDonald’s continuará avaliando a situação e determinando se são necessárias medidas adicionais. Neste momento, é impossível prever quando poderemos reabrir nossos restaurantes na Rússia”, diz o texto.

O encerramento das atividades do McDonald’s segue a tendência de outras grandes empresas. Companhias como Zara, Shell, HSBS, Netflix e Disney já haviam anunciado restrições das atividades no país. Elas vieram na esteira das sanções econômicas impostas ao país pelo ocidente. Tudo isso em retaliação à invasão da Ucrânia pelas tropas comandadas pelo presidente russo Vladmir Putin. 

A demora na saída do McDonald's, entretanto, pode ser justificada pelo volume de negócios que a companhia norte-americana tem na Rússia. 84% das lojas no país são operadas pela própria empresa, sendo que 9% da receita anual da gigante alimentícia vem das lojas russas e ucranianas, o equivalente a 2,1 bilhões de dólares.

Com informações da AFP.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação