Um grupo intitulado "Mães pela Ucrânia" realizou um ato simbolico em pedido de paz, nesta sexta-feira (4/3), em Brasília. As mulheres e crianças levaram cartazes e balões brancos para o Parque Olhos D'água, na Asa Norte.
Uma das manifestantes foi a consultura em negócios internacionais Deise Klein Leobet, mãe da pequena Lua, que nasceu em Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, localizada na fronteira com a Rússia. "Eu conheço bem a Ucrânia e a Rússia. Morei quase 20 anos na Europa. É triste ver a situação, pois minha filha só foi possível lá", contou.
Em coletiva, o encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, disse que as bombas russas atingiram hospitais e orfanatos ucranianos e que imagens como as de Brasília demonstram que há solidariedade no mundo inteiro.
Vistos humanitários
Na quinta-feira (3/3), o governo federal publicou uma portaria referente aos vistos humanitários para ucranianos afetados pela guerra. De acordo com Tkach, o interesse pelo recurso para deixar o país é daqueles que têm familiares no Brasil. Quando perguntado se o governo brasileiro se dispõe em trazer refugiados, respondeu: “Até o momento, estão por sua conta”.
A portaria, assinada pelos ministros Anderson Torres e Carlos França, da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores, respectivamente, terá validade até 31 de agosto de 2022. Para a residência temporária, o governo define o prazo de dois anos. Além disso, os ucranianos que já estão no Brasil, independentemente da condição migratória que tiver chegado ao país, poderão requerer autorização de residência para acolhida humanitária.
Para solicitar o visto temporário, o ucraniano deverá apresentar documento de viagem válido; formulário de solicitação de visto preenchido; comprovante de meio de transporte de entrada no território brasileiro; e atestado de antecedentes criminais expedido pela Ucrânia ou outro país.
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