Alistamento

Embaixada desmente alistamento de brasileiros e estrangeiros para lutar na guerra

Embaixada da Ucrânia no Brasil emitiu nota nesta quinta-feira (3/3) alertando que não incentiva o alistamento nem faz campanha para que brasileiros ou estrangeiros lutem na guerra

Tainá Andrade
postado em 03/03/2022 23:05 / atualizado em 03/03/2022 23:10
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

A Embaixada da Ucrânia tornou público, na noite desta quinta-feira (3/3), comunicado em que afirma não incentivar o recrutamento de brasileiros ou de estrangeiros para se juntarem às tropas militares ucranianas na guerra com a Rússia, que começou na semana passada. 

"Para evitar mal-entendidos, consideramos importante informar ao público brasileiro que a Embaixada da Ucrânia no Brasil não está fazendo alistamento para a Legião Estrangeira Ucraniana, e não está fazendo
campanha para adesão a esta formação militar", avisa a nota.

Dizem, ainda, que receberam um "grande número de mensagens" solicitando o ingresso na Legião Estrangeira da Ucrânia - nome das tropas do país. 

Leia a nota na íntegra:

Em conexão com o início da guerra da Federação Russa contra a Ucrânia, a Embaixada da Ucrânia no Brasil passou a receber um grande número de mensagens de cidadãos do Brasil e de outros países sobre a
possibilidade de ingressar na Legião Estrangeira da Ucrânia.

Para evitar mal-entendidos, consideramos importante informar ao público brasileiro que a Embaixada da Ucrânia no Brasil não está fazendo alistamento para a Legião Estrangeira Ucraniana, e não está fazendo
campanha para adesão a esta formação militar.

Brasília, 3 de março de 2022

Motivações do conflito

A aproximação da Ucrânia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é apontada como um dos estopins para o início da guerra com a Rússia. Criada durante a Guerra Fria, a aliança militar é comandada pelas potências do Ocidente. Em 1949, tinha 12 membros e servia como uma frente militar contra a União Soviética (URSS), que seis anos mais tarde criou uma organização própria — o Pacto de Varsóvia.

Durante o processo de fragmentação da URSS, a Ucrânia conseguiu se tornar independente, mas precisou concordar com algumas medidas, como permanecer alinhada com a Rússia e, portanto, sem se aproximar excessivamente do Ocidente ou considerar entrar na Otan e até mesmo na União Europeia.

Com a queda do governo ucraninano em 2014, o país passou a fazer o movimento contrário e a se aproximar mais uma vez do Ocidente. Como retaliação, a Rússia retomou a região da Crimeia. A nova tentativa de entrada na Otan -- hoje, a Ucrânica é considerado país-associado -- está entre os principais motivos para o presidente russo, Vladimir Putin, declarar a guerra.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação