Um ataque do exército russo na Ucrânia causou um incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa. O centro de produção nuclear é responsável pelo abastecimento elétrico de 25% da Ucrânia.
Vídeos do sistema de segurança mostram o fogo, que também foi confirmado por Andriy Tuz, porta-voz da usina. “Há uma ameaça real de perigo nuclear na maior estação de energia atômica da Europa", alertou em um vídeo postado no Telegram.
Dmytro Kuleba, ministro de Relações Internacionais da Ucrânia, confirmou o incêndio pelo Twitter e fez um alerta. "O fogo já começou. Se explodir, será 10 vezes maior que Chernobyl. Os russos devem cessar imediatamente o fogo, permitir os bombeiros, estabelecer uma zona de segurança", escreveu.
Russian army is firing from all sides upon Zaporizhzhia NPP, the largest nuclear power plant in Europe. Fire has already broke out. If it blows up, it will be 10 times larger than Chornobyl! Russians must IMMEDIATELY cease the fire, allow firefighters, establish a security zone!
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) March 4, 2022
No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que as autoridades ucranianas não detectaram mudanças nos níveis de radiação na usina nuclear de Zaporizhia.
"O regulador ucraniano disse à AIEA que não há mudanças registradas nos níveis de radiação em Zaporizhia", tuitou o órgão da ONU. Anteriormente, o diretor da agência, Rafael Mariano Grossi, havia pedido "o fim do uso da força" e alertado para um "perigo grave se os reatores fossem atingidos".
Veja o momento do incêndio
. , pic.twitter.com/WauO63LdN9
— hromadske (@HromadskeUA) March 4, 2022
Chernobyl também foi tomada
No último dia 24 de fevereiro, o exército russo tomou a extinta usina de Chernobyl, a 100km de Kiev, capital ucraniana. Na última sexta-feira (25/2), a agência nuclear e o Ministério do Interior da Ucrânia afirmaram que foi registrado um aumento nos níveis de radiação do local da extinta usina.
Os níveis exatos de radiação não foram fornecidos, mas de acordo com a agência nuclear, a alteração se deve ao movimento de equipamentos militares pesados na área, que pode levantar poeira radioativa no ar. À imprensa, o Ministério do Interior da Ucrânia informou que o aumento “não é crítico para Kiev por enquanto”, mas que está monitorando.
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