A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou nesta quarta-feira (2) sua "preocupação" com relatos de ataques a hospitais e centros de saúde durante a invasão russa da Ucrânia.
"Estamos muito preocupados com relatos de ataques a instalações de saúde", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em coletiva de imprensa online.
“A sanidade e a neutralidade dos cuidados de saúde, incluindo os profissionais de saúde, suprimentos, transporte e instalações para os pacientes, assim como o direito ao acesso seguro a esses cuidados devem ser respeitados e protegidos”, enfatizou.
A OMS reiterou seu apelo para estabelecer corredores humanitários, especialmente para o transporte de oxigênio, cujas reservas na Ucrânia são particularmente baixas.
Uma primeira remessa de equipamentos médicos da OMS, incluindo kits cirúrgicos, chegará à Polônia na quinta-feira, acrescentou.
Segundo esta organização da ONU, foi confirmado na semana passada um incidente, que consistiu em um ataque com armas pesadas contra um hospital que provocou quatro mortos e 10 feridos, incluindo seis profissionais de saúde.
A OMS está atualmente verificando outros ataques dos quais foi informada, segundo seu diretor.
Na madrugada desta quarta-feira, segundo as autoridades ucranianas, tropas aerotransportadas russas desembarcaram em Kharkov, atacando um hospital na segunda maior cidade do país, perto da fronteira com a Rússia.
A ONU estima que pelo menos um milhão de pessoas foram deslocadas dentro da Ucrânia devido à invasão russa. Além disso, outros 870.000 deixaram o país, em direção aos vizinhos, um número que deve aumentar muito "rapidamente", alertou a ONU.
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