Conflito

Quarto dia de invasão russa na Ucrânia é marcado por explosões mais próximas de Kiev

Além disso, o balanço da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), indica que mais de 200 mil ucranianos chegaram à países vizinhos desde o início da invasão

No quarto dia da invasão da Rússia a Ucrânia, Kviev sofre, segundo relato de correspondente da CNN Portugal, com explosões cada vez mais próximos ao centro da cidade. Confinado no hotel, por determinação do governo local, mostra ruas vazias no bairro em que está - considerado o lugar mais seguro da capital, pois abriga igrejas e locais considerados sagrados tanto para ucranianos quanto para russos.

Apesar da noite difícil, logo na manhã de domingo (27/2), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou a proposta de Vladimir Putin de se reunir na Bielorrússia e sugeriu outros palcos para a negociação. Saudou a união de países na ajuda aos ucranianos. "Nós recebemos armas, medicamentos, alimentos, combustível, dinheiro. Uma coligação internacional forte formou-se para apoiar a Ucrânia, uma coligação anti-guerra", afirmou em vídeo difundido nas redes sociais, citado pela agência France-Presse (AFP).

Zelensky agradeceu o envio de armas pela Alemanha e Bélgica, bem como o acordo europeu para a exclusão de bancos russos da plataforma internacional de pagamentos SWIFT, engrenagem essencial das finanças mundiais. Ele ressaltou, particularmente, o papel do presidente da Polônia, Andrzej Duda, pelos seus esforços com vista à integração da Ucrânia na União Europeia.

Um novo balanço da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no Twitter, indica que mais de 200 mil ucranianos chegaram aos países vizinhos desde o início da invasão, na quinta-feira. Segundo o tweet, o número de pessoas que fogem das tropas russas está em constante mudança e que outra atualização será emitida ao longo do dia.

Isolamento

A República da Irlanda, Dinamarca e Bélgica decidiram fechar o espaço aéreo a todos os aviões russos. Se unem a Reino Unido, Alemanha, Polônia, Moldávia, Bulgária, República Tcheca, Estados Bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia, assim como a Finlândia, que já fecharam ou preparam-se para encerrar os seus espaços aéreos a voos russos.

A Áustria, país neutro que não integra a OTAN, também está disposta a seguir na mesma linha. Está aguardando, contudo, uma decisão da reunião de hoje dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

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