Em reunião em Paris, os ministros da Economia e das Finanças europeus com representantes da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) decidiram hoje sanções adicionais contra a Rússia, com a França a anunciar também o congelamento de todos os bens de figuras da elite russa como dirigentes políticos e oligarcas.
O ministro francês, Bruno Le Maire, anfitrião da reunião dedicada em grande parte à invasão da Ucrânia por parte da Rússia, afirmou que as medidas afetarão “todos os interesses russos, sempre e até quando for necessário”. “Tomámos também a decisão de preparar novas sanções ainda mais penalizadoras contra a as instituições financeiras russas", a jornalistas.
Presente na reunião em Paris, Christine Lagarde, presidente do BCE, assegurou que tanto o BCE como todos os bancos centrais europeus vão "implementar de forma rigorosa" as sanções adotadas, com a líder europeia a apontar que ainda não se pode avaliar o impacto deste conflito na economia dos 27 estados membros da UE.
Antes mesmo de um anúncio oficial de novo pacote de sanção pela cúpula da União Europeia, o ministro da Economia e das Finanças francês anunciou o congelamento de todos os bens de figuras políticas e económicas russas visadas. "A nível nacional, pedi que recenseassem a integralidade de bens em França de personalidades políticas e económicas que tenham sido visadas pelas sanções. Vamos bloquear o acesso de todas estas personalidades aos seus bens em solo francês", declarou.
Le Maire explicou que a exclusão da Rússia do sistema SWIFT ainda não ocorreu, pois houve reservas por parte de alguns estados-membros, embora continue a ser uma opção.
“A questão do SWIFT é a arma nuclear financeira, já que é o que permite o acesso das intuições financeiras russas a todos os estabelecimentos financeiros no mundo.” O ministro francês disse que a decisão da manhã era de que a opção está na mesa, mas é preciso refletir antes de o fazer.