Com a invasão da Ucrânia pela Rússia nesta quinta-feira (24/2), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que os soldados do país estão resistindo ao exército russo, convocou os cidadãos a se alistarem e os veteranos a se apresentarem.
O poderio militar da Rússia, no entanto, é muito maior que o da Ucrânia.
A Rússia tem 2,9 milhões de soldados, 900 mil deles na ativa. Já a Ucrânia tem 200 mil na ativa, de um total de 1,1 milhão.
Durante a escalada de tensão, a Rússia deslocou cerca de 100 mil soldados — equipados com tudo, desde tanques e artilharia até munição e poder aéreo — para a fronteira.
De acordo com a estimativa mais recente da empresa de análise militar Janes, atualmente o efetivo mobilizado pela Rússia em direção à Ucrânia ultrapassa 175 mil combatentes — quase o equivalente ao total de membros da ativa nas Forças Armadas ucranianas.
A invasão — que havia sido veementemente negada pelo líder russo Vladimir Putin — começou nesta quinta. Não está claro quantos soldados entraram no país, por onde e com que destino.
Há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades ao redor do país — e não apenas na região de Donbass, onde grupos separatistas foram reconhecidos e apoiados recentemente pela Rússia.
Além de mais soldados, a Rússia possui mais aeronaves de ataque, tanques, veículos blindados e artilharia. Veja a comparação:
O anúncio de Putin sobre a mobilização das tropas aconteceu no mesmo momento em que ocorria uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, sobre a crise.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou pedindo "do fundo do coração": "Presidente Putin, detenha suas tropas de atacar a Ucrânia".
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