O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou nesta quinta-feira (24/2) que os países ocidentais pretendem impor "grandes sanções" contra a economia da Rússia, como resposta à invasão da Ucrânia. Johnson ainda o presidente russo, Vladimir Putin, de "ditador".
"Não podemos olhar para o outro lado (...) Diplomaticamente, politicamente, economicamente e militarmente, esta ação atroz e bárbara de Vladimir Putin deve terminar em fracasso", disse Johnson.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ativou seus planos de defesa, nesta quinta-feira (24), e fará uma cúpula virtual de emergência amanhã.
O secretário-geral da aliança militar, o norueguês Jens Stoltenberg, assegurou que a Otan "não tem tropas na Ucrânia, nem tem planos de enviar tropas para a Ucrânia".
Ele informou que o Conselho do Atlântico Norte (CAN, os representantes dos países-membros da Otan) decidiu ativar os planos de defesa a pedido do comandante militar da aliança, o general americano Tod Wolters.
A ativação desses planos dá autoridade aos comandos militares para mobilizar tropas e recursos mais rapidamente, "dentro de diretrizes políticas previamente definidas".
Isso permite a realocação das forças de resposta rápida da Otan, estimadas em mais de 40 mil soldados, no espaço compreendido pelos países da aliança transatlântica.
Esta é a primeira vez que a Otan anuncia publicamente a ativação de seus planos de defesa, os quais foram definidos após a anexação da península da Crimeia em 2014.
"Aumentamos nossa presença no Leste Europeu por semanas. Temos milhares de soldados e teremos ainda mais forças nos próximos dias", disse Stoltenberg.
O norueguês também confirmou que os líderes da Otan farão uma cúpula por videoconferência na sexta-feira (25).
A CAN realizou uma reunião de emergência nesta quinta-feira de manhã para lidar com a crise russo-ucraniana, mas várias capitais europeias lançaram pedidos para uma reunião urgente de líderes.
Para o secretário-geral da Otan, a Rússia "fechou a porta para uma solução política, e lamentamos que tenha sido assim".
"É a realidade, que terá graves consequências para os ucranianos", acrescentou.
Nas primeiras horas desta quinta-feira, Stoltenberg havia condenado a operação militar russa na Ucrânia, descrita por ele como um "ataque irresponsável e não provocado, que coloca inúmeras vidas de civis em risco".
Stoltenberg considerou que o ataque representa "uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica". Também pediu à Rússia que cesse imediatamente suas ações militares e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.