Desrespeito ao cessar-fogo

Entre quinta e sexta-feira, observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registraram 591 violações do cessar-fogo em Donetsk e 975 em Luhansk, os dois enclaves separatistas pró-Rússia no Leste da Ucrânia.

Os combates mais intensos ocorreram no noroeste da região de Lugansk, cerca de 20 quilômetros a sudeste de Severodonetsk, uma localidade leal ao governo de Kiev.

A OSCE, cujos membros incluem a Rússia e os Estados Unidos, implantou sua missão de paz na Ucrânia em 2014, após a anexação da Crimeia pelo governo russo e a eclosão de um conflito entre Kiev e separatistas na região de Donbas, que deixou mais de 14 mil mortos.

A organização alertou para um "aumento drástico" nas violações do cessar-fogo assinado em 2015. O exército ucraniano informou que dois soldados foram mortos, ontem, em um bombardeio lançado por separatistas. Foram as primeiras baixas em mais de um mês na frente de combate. Mais de dez bombas explodiram a algumas centenas de metros do ministro do Interior ucraniano, Denis Monastirski, quando ele visitava as forças ucranianas que combatem as milícias pró-Rússia.

Brasileiros

A Embaixada do Brasil em Kiev emitiu comunicado em que pede aos brasileiros que evitem viagens às províncias de Donetsk e Luhansk, no "contexto do aumento das violações de cessar-fogo registradas na linha de contato no leste da Ucrânia". Para os brasileiros que estão nas áreas de conflito, a embaixada brasileira aconselha "que considerem deixá-las sem demora".