A princesa Latifa, filha do soberano de Dubai que no ano passado disse que estava sendo mantida refém, assegurou à alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que "está bem", informou a instituição em sua conta no Twitter.
O encontro com Bachelet aconteceu em Paris, em data não especificada no tweet, "a pedido" da princesa, que causou rebuliço ao afirmar que estava sendo mantida como "refém" e que temia por sua vida em vídeos divulgados em meados de fevereiro de 2021 pela imprensa britânica.
"Latifa disse à alta comissária que está bem e expressou seu desejo de que sua vida privada seja respeitada", diz a publicação.
Os serviços de Bachelet não responderam às perguntas da AFP sobre quando foi o encontro ou se Bachelet considera que a princesa se expressou de forma livre e sincera.
O tweet inclui uma foto em que as duas aparecem, sorrindo levemente, em frente a uma estação de metrô de Paris, e especifica que o consultor jurídico da princesa as apresentou e que mais tarde se reuniram em particular.
A princesa, filha de Mohamed bin Rashed al Maktum, líder do emirado de Dubai e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, havia tentado fugir em um barco dessa cidade-Estado do Golfo em 2018, antes de ser forçada a retornar.
Depois disso, seus familiares divulgaram alguns vídeos em que a mulher afirmava estar “trancada” e diziam não ter tido notícias dela.
Os serviços de Bachelet, ONGs como Anistia Internacional e Human Rights Watch e o Ministério das Relações Exteriores britânico acompanharam o caso e solicitaram provas de que a princesa estava viva.
Naquela época, o Tribunal Real de Dubai garantiu que a princesa estava segura e que ela não havia sido detida.
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