Bélgica

As confidências da rainha Paola da Bélgica, 'sozinha e triste' durante anos

A rainha Paola, mãe do rei Filipe da Bélgica, mostrou-se confiante em um documentário transmitido pela televisão belga

A rainha Paola, mãe do rei Filipe da Bélgica, mostrou-se confiante como nunca em um documentário transmitido nesta sexta-feira (18) pela televisão belga, no qual fala sobre uma crise em seu casamento e de um caso extraconjugal do qual "não se arrepende".


"Não fui feliz por dez anos. Não sabia para onde ir. O perigo do divórcio estava lá. De 1970 a 1980, fiquei sozinha e triste", disse Paola, nascida em uma família da nobreza italiana há 84 anos.


A aristocrata se refere à longa crise enfrentada em seu casamento com Albert II, de 87 anos, que reinou de 1993 a 2013.


A existência da Baronesa Sybille de Selys Longchamps, com quem Alberto teve sua filha, Delfina, fora do casamento, em 1968, é conhecida na Bélgica. No entanto, Paola nunca havia falado abertamente sobre como se sentia naquela época.


A imprensa divulgou que ela teve um relacionamento com um jornalista da revista Paris-Match, algo que ela reconhece neste documentário de uma hora e meia enquanto olha para uma foto.


"Não me sinto nada culpada", diz Paola. "Esta foto é de um momento em que eu estava muito mal", acrescentou.


"Talvez da próxima vez, em outra vida, eu não faça, mas não me arrependo de nada", acrescenta.


No documentário, do diretor Nicolas Delvaulx, o casal real conta como reatou na década de 1980, folheando álbuns em família.


O rei Filipe também participa da conversa, falando sobre sua infância.


"Obviamente, quando crianças, testemunhamos coisas difíceis", diz o atual rei dos belgas.


"Todos nós sofremos muito".


"Mas hoje eles estão felizes e isso é, pelo menos, uma vitória, temos que reconhecer isso, é um ato de coragem", acrescenta, dirigindo-se aos pais.


Paola, que se casou com Alberto aos 21 anos, no verão de 1959, admite baixinho que se casou muito jovem.


"Tivemos uma adolescência interrompida", diz.


"É uma pena que não possamos repetir as coisas".


Alberto reconhece que foi "um pai bastante autoritário" e que Filipe sofreu com isso.


"Eu tive uma reação muito ruim, não me interessei muito por ele".


O casal teve três filhos: Filipe, nascido em 1960 e que se tornou rei após a abdicação de seu pai, em 2 de julho de 2013, Astrid, nascida em 1962, e o príncipe Lorenzo (1963).


A princesa Delfina é a quarta filha de Alberto, reconhecida em 2020, após a realização de um teste de DNA. Durante anos, ele negou a paternidade perante a Justiça.

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