Os ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) exortaram nesta quarta-feira, "nos termos mais fortes possíveis", a Rússia a escolher "o caminho diplomático" e desmobilizar as tropas na fronteira com a Ucrânia. O apelo consta em comunicado conjunto divulgado após reunião em Bruxelas.
"Estamos seriamente preocupados com o avanço de escala muito grande, não provocado e injustificado das forças armadas russas na Ucrânia e em Belarus", afirmaram os ministros, em referência a exercícios militares recentes conduzidos por Moscou no país aliado.
Os ministros reforçaram a abordagem dual do Ocidente em relação à crise geopolítica: "fortes defesa e deterrência, combinadas com abertura ao diálogo".
Segundo eles, as ações russas representam uma ameaça à segurança do Atlântico Norte. "Como consequência e para garantir a defesa de todos os Aliados, estamos mobilizando forças terrestres adicionais na parte oriental da Aliança, bem como meios marítimos e aéreos adicionais", revelaram.
O grupo assegura que as medidas são "preventivas" e "proporcionais" e reitera compromisso com "integridade e soberania territorial" da Ucrânia. "Como afirmado anteriormente, qualquer nova agressão russa contra a Ucrânia terá consequências enormes e terá um preço alto", pontuaram.