O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou nesta segunda-feira(14), durante reuniões telefônicas com os chefes da diplomacia russa e ucraniana, sua "profunda preocupação com as crescentes tensões" entre a Rússia e o Ocidente, informou seu porta-voz.
Questionado por jornalistas se Guterres continua convencido de que não haverá intervenção militar russa na Ucrânia, o porta-voz Stéphane Dujarric respondeu: "Não acho que sua opinião tenha mudado em nada".
Em entrevista coletiva em 21 de janeiro, Guterres disse que, em sua opinião, "não deve haver intervenção militar".
"Estou convencido de que isso não vai acontecer" e "eu realmente espero estar certo", acrescentou.
Em suas reuniões por telefone nesta segunda-feira, ele enfatizou que "não há alternativa à diplomacia" e saudou as "negociações diplomáticas em andamento para reduzir as tensões", disse o porta-voz.
Enquanto seus "bons ofícios permanecem disponíveis" para mediação, o chefe da ONU tinha previsto participar de um almoço mensal em Nova York nesta segunda-feira com os 15 embaixadores do Conselho de Segurança na missão diplomática da Rússia, que detém a presidência rotativa do órgão, disse Dujarric.
O porta-voz da ONU disse que a organização tem 1.661 funcionários na Ucrânia, incluindo 1.441 cidadãos ucranianos e 220 estrangeiros.
"Não há planos para a evacuação ou redistribuição de pessoal da ONU", enfatizou, apesar de vários países terem pedido a seus cidadãos que deixem o país por medo de uma invasão russa.
O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião na quinta-feira sobre a Ucrânia e a implementação dos acordos de Minsk alcançados em 2014 e 2015 para pacificar o leste do país.