Pandemia

Protesto contra regras anticovid cresce na Nova Zelândia após ação policial

Embora a área esteja isolada e, em tese, fechada ao público, o número de manifestantes cresceu de cerca de 250 para em torno de 1.500 na noite de ontem

Wellington, Nova Zelândia | O protesto em frente ao Parlamento da Nova Zelândia cresceu nesta sexta-feira (11), após os violentos confrontos do dia anterior entre a polícia e os manifestantes contrários às restrições sanitárias pela pandemia.

Um ambiente festivo prevaleceu na mobilização no centro de Wellington, onde os manifestantes instalaram um improvisado "Acampamento da Liberdade", com música e dança, enquanto a polícia observava das barricadas.

Embora a área esteja isolada e, em tese, fechada ao público, o número de manifestantes cresceu de cerca de 250 para em torno de 1.500 na noite de ontem.

Confrontos violentos eclodiram no dia anterior, quando policiais tentaram desmantelar o protesto. Para isso, prenderam 122 pessoas e usaram gás pimenta.

Os manifestantes estão há quatro dias acampados do lado de fora do Parlamento, em um protesto inspirado no "Comboio da Liberdade" liderado por caminhoneiros no Canadá. O movimento paralisou o centro de Ottawa e bloqueou três passagens de fronteira com os Estados Unidos.

Uma manifestante chamada Carrie, que não quis revelar seu sobrenome, disse que os ativistas continuam comprometidos com seu objetivo de acabar com a vacinação obrigatória para policiais, profissionais da saúde, educação, ou defesa.

"A maneira como a polícia nos tratou chocou todo mundo (...) O que eles fizeram ontem foi além de qualquer expectativa. Brutal, absolutamente brutal", disse à AFP.

Além da obrigação imposta a alguns setores profissionais, a Nova Zelândia adota um certificado de vacinação para entrar em restaurantes, eventos esportivos, ou cultos religiosos.

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