Washington, Estados Unidos | Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (8) que recuperaram mais de 94.000 bitcoins roubados em 2016 da plataforma de transações virtuais Bitfinex e que são avaliados hoje em 3,6 bilhões de dólares, número recorde para uma apreensão judicial.
Um casal, suspeito de buscar lavar os bitcoins roubados em um "labirinto de transações de criptomoedas" foi detido nesta terça-feira pela manhã em Nova York, informou o departamento de Justiça em um comunicado.
Ilya Lichtenstein, de 34 anos, e sua esposa Heather Morgan, de 31 anos, comparecerão a um juiz federal mais tarde.
“Essas prisões e essa apreensão judicial, a maior já feita pelo departamento (de Justiça), mostra que as criptomoedas não são um paraíso para criminosos”, disse a vice-ministra da Justiça Lisa Monaco em comunicado.
Em agosto de 2016, um hacker invadiu os sistemas da plataforma Bitfinex e iniciou mais de 2.000 transações não autorizadas, roubando quase 120.000 bitcoins, então avaliados em 65 milhões de dólares.
Segundo os promotores, a moeda virtual acabou em um portfólio digital em poder de Ilya Lichtenstein, que se apresenta nas redes sociais como “empreendedor de tecnologia, codificador e investidor”.
Ao longo dos cinco anos após o roubo, 25.000 desses bitcoins deixaram o portfólio através de um "labirinto de transações de criptomoedas" e foram usados especialmente para comprar ouro e NFT ("tokens não fungíveis", em inglês) ou seja, certificados de autenticidade associados a objetos virtuais.
O restante dos bitcoins, agora avaliados em 3,6 bilhões de dólares, levando em conta o aumento dos preços do bitcoin, foram recuperados por investigadores na semana passada, para serem devolvidos às vítimas do roubo.
A investigação continua, disseram as autoridades, sem dar detalhes sobre o autor inicial do ataque.