Os Estados Unidos alegam que a Rússia está planejando encenar um falso ataque da Ucrânia para justificar uma invasão russa ao país.
Autoridades americanas afirmam que Moscou provavelmente divulgaria um vídeo mostrando um suposto ataque em território russo ou contra pessoas de língua russa no leste da Ucrânia.
A Rússia negou que estivesse planejando "falsificar" um ataque, e os EUA não forneceram provas.
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O acúmulo de dezenas de milhares de soldados russos nas fronteiras da Ucrânia vem aumentando temores de que haja uma invasão.
Moscou diz que está apenas realizando exercícios militares, mas a Ucrânia e seus aliados ocidentais continuam preocupados com a possibilidade de um ataque russo.
"Temos informações de que os russos provavelmente vão querer fabricar um pretexto para uma invasão", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, a repórteres na quinta-feira (3/2).
"Como parte desse ataque falso, acreditamos que a Rússia produziria um vídeo de propaganda com conteúdo muito gráfico, que incluiria cadáveres e atores fingindo luto e imagens de locais destruídos", disse ele.
Autoridades dos EUA dizem que o vídeo é apenas uma das várias ideias que a Rússia tem para fabricar um pretexto para invadir seu vizinho.
Eles disseram que estavam denunciando publicamente o plano russo como forma de dissuadir a Rússia de qualquer plano de invasão da Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reagiu na quinta-feira às acusações americanas.
"Esta não é a primeira promessa desse tipo [de divulgar detalhes sobre uma provocação russa]", disse ele. "Algo semelhante também foi dito antes, mas nada aconteceu."
A Rússia negou repetidamente que esteja planejando um ataque.
O suposto complô foi denunciado pelos americanos um dia depois que os EUA disseram que estavam enviando mais tropas para a Europa Oriental para apoiar aliados da Otan.
A Rússia disse que a medida é "destrutiva" e que ela comprova que o país está certo em se preocupar com a expansão da Otan no leste.
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Também na quinta-feira, a Otan manifestou preocupação de que a Rússia provavelmente enviará até 30 mil soldados — incluindo forças especiais, caças e mísseis balísticos de curto alcance — a Belarus, país vizinho do norte da Ucrânia.
"Esta é a maior mobilização russa desde a Guerra Fria", disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
A rivalidade entre a Rússia e os EUA, que ainda possuem os maiores arsenais nucleares do mundo, remonta à Guerra Fria. A Ucrânia era então uma parte importante da União Soviética comunista.
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