Uma menina de sete anos foi até a Embaixada da Ucrânia no Brasil, em Brasília, e deixou um cartaz com um pedido no portão: "Paz". Maria Rebeca Medeiros vive na capital federal com os pais, Maria Dalva, que é contadora, e Gutamberg Medeiros, militar do exército. Ela esteve no local logo após a coletiva de imprensa com o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, e quis deixar uma mensagem sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Maria Dalva contou que a atitude da filha foi espontânea e surgiu após ela assistir reportagens sobre o confronto em um noticiário na manhã desta segunda-feira (28/2). "Não gostamos muito de colocar no jornal, pois sabemos que são notícias pesadas para ela ver. Mas hoje estávamos assistindo e ela se sensibilizou. Pediu para vir deixar uma mensagem", disse a mãe.
O conflito no Leste Europeu já contabiliza 2.040 civis feridos e 352 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde da Ucrânia. Pelo menos 16 crianças morreram na guerra, e 45 ficaram feridas. Até domingo (27/2), segundo Anatoliy Tkach, 120 mil pessoas atravessaram a fronteira da Ucrânia para fugir da guerra.
A encarregado ucraniano cobrou veementemente que o Brasil mantenha o posicionamento oficial na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Em resposta às declarações de Jair Bolsonaro (PL), em coletiva no domingo (27/2), o Tkach disse que o presidente pode está "mal informado". Acrescentou que, "talvez", falte o país atacado “apresentar mais dados sobre as perdas civis”, para tornar mais explícito o massacre ao qual o presidente se referiu como "exagero".
“Possivelmente eu vou pedir aos nossos funcionários para divulgar mais vídeos das perdas civis na Ucrânia”, disse o encarregado de negócios na coletiva.
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