Washington, Estados Unidos | Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira (28) que não detectaram nenhuma mudança "concreta" na posição nuclear da Rússia desde que Vladimir Putin colocou suas forças de dissuasão atômica em alerta.
"Ainda estamos monitorando e acompanhando a questão muito de perto", disse um alto funcionário do Pentágono a repórteres, um dia após o anúncio do presidente russo. "Não acredito que vimos nada de concreto como resultado de sua decisão. Pelo menos não por enquanto", acrescentou.
O funcionário reconheceu que era "difícil saber o que estava por trás da ordem de Putin". Mas "o simples fato de mencionar" ou "ameaçar" com um "uso de forças nucleares" é "inútil e representa uma escalada significativa" na invasão à sua vizinha Ucrânia, lamentou, reafirmando que a Otan "nunca" ameaçou a Rússia.
No domingo, Belarus, aliada da Rússia, realizou um referendo que elimina a obrigação de que a ex-república soviética permaneça uma "zona livre de armas nucleares".
As potências ocidentais denunciaram essa medida, que acreditam permitir que Moscou transfira armas nucleares para Belarus, outro vizinho da Ucrânia e que também faz fronteira com vários países da Aliança Atlântica.
Quando perguntado se movimentos desse tipo foram observados, o funcionário do Pentágono respondeu que "não".
Ele também assegurou que, no momento, não há evidências de que haja soldados bielorrussos na Ucrânia como reforço das forças russas.
"Até onde sabemos, as forças que entraram na Ucrânia são todas russas", disse ele, acrescentando que Moscou levou para o território ucraniano "quase 75%" das forças de combate concentradas na fronteira nos últimos meses.
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