O embaixador brasileiro na Organização das Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, reafirmou, em reunião extraordinária neste domingo (27/2), o voto do Brasil contrário à Rússia. A reunião determinou a convocação extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) para segunda-feira (28/2).
Costa Filho atenuou o discurso em relação ao da última sexta-feira (25/2), em que condenou veementemente a invasão à Ucrânia. Agora, o embaixador alertou que sanções econômicas de Europa e Estados Unidos mais o envio de armas para a Ucrânia podem piorar a situação do conflito.
"O fornecimento de armas, o recurso a ciberataques e a aplicação de sanções seletivas, que podem afetar setores como fertilizantes e trigo, com forte risco de aumentar a fome, acarretam o risco de agravar e espalhar o conflito e não de resolvê-lo. Não podemos ignorar o fato de que essas medidas aumentam os riscos de um confronto mais amplo e direto entre a OTAN e a Rússia", argumentou.
O embaixador também defendeu que o Conselho ainda não exauriu os recursos para conter o avanço do conflito. “O Conselho, com a sua responsabilidade de manter a paz internacional, não exauriu ainda os mecanismos de que dispõe de contribuir para uma solução diplomática em direção à paz”, afirmou. Costa Filho ainda reiterou o pedido para que cessem as hostilidades e para que haja diálogo entre as partes envolvidas.
Apenas a Rússia foi contra a resolução aprovada para que ocorra uma Sessão de Emergência. Foram 11 votos a favor, um contra e três abstenções da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.
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