Guerra

Google suspende monetização da imprensa estatal russa em suas plataformas

O anúncio surge horas depois de o YouTube anunciar que os veículos russos financiados pelo Estado não poderiam monetizar seus vídeos na plataforma, entre outras restrições

Agência France-Presse
postado em 27/02/2022 11:47
 (crédito: Lionel Bonaventure)
(crédito: Lionel Bonaventure)

O Google se tornou, neste domingo (27), o mais recente gigante de tecnologia a impedir a imprensa estatal russa de monetizar conteúdo em suas plataformas, em represália pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Em resposta à guerra na Ucrânia, interrompemos a monetização dos veículos financiados pelo Estado russo em nossas plataformas", disse um porta-voz do Google, em um comunicado.

"Estamos monitorando ativamente o desenrolar dos acontecimentos e tomaremos mais medidas, se necessário", acrescentou.

O anúncio surge horas depois de o YouTube anunciar que os veículos russos financiados pelo Estado não poderiam monetizar seus vídeos na plataforma, entre outras restrições.

"À luz das circunstâncias excepcionais na Ucrânia, estamos tomando uma série de medidas", declarou um porta-voz da empresa.

"Nossas equipes começaram a suspender a possibilidade de que alguns canais gerarem receita no YouTube, incluindo os canais RT em todo mundo", detalhou.

Criada em 2005 como "Russia Today", a RT é acusada, com frequência, pelas autoridades ocidentais de contribuir para a desinformação.

Na sexta-feira, o Facebook anunciou a restrição da atividade da mídia estatal russa, que também não poderá fazer publicidade, nem gerar receita em sua plataforma.

A Alemanha proibiu a RT no início de fevereiro, o que levou a Rússia a fechar o escritório da Deutsche Welle em Moscou.

Vários países anunciaram sanções contra empresas, bancos e autoridades russas depois que Moscou invadiu a Ucrânia na última quinta-feira (24).

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação