A manhã da quinta-feira (24/2) amanheceu tensa em todo mundo. O professor Maksym Ziberov, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília (UnB), acordou chocado, em meio à angústia e à preocupação com os familiares que estão na Ucrânia, seu país de origem. Seu primeiro movimento, ao levantar, foi buscar por notícias. “Minha mãe respondeu que foi derrubado um drone perto da casa deles. Eles pegaram o carro e tentaram sair da cidade de Kiev”, relatou. A família do professor fugiu para a cidade de Gostomel, a 10km da capital.
"Pensavam que lá era mais seguro, mas começaram os ataques aéreos no aeroporto e, depois, foram explodidas pontes da cidade para impedir que o exército russo chegasse a Kiev. Atualmente, eles estão presos lá, pois não têm saída. Eles estão no abrigo com água, comida e energia apenas”, contou. Sentindo-se de mãos atadas para ajudar a família, e vendo outros amigos ucranianos na mesma situação, Ziberov resolveu criar uma vaquinha.
São pelo menos seis famílias que estão unidas em busca da arrecadação para o resgate. Além dos pais e mães, a vaquinha ajudará a trazer crianças que estão presas no abrigo. Mas não há limites para a ajuda: o professor, inicialmente, estabeleceu a meta de R$ 100 mil, mas diz que, caso consigam mais, trarão mais pessoas para o Brasil.
“Todo dinheiro que juntamos vamos distribuir entre todas as pessoas que são da Ucrânia também. Quero ajudar o máximo possível”, disse.
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