Além do conflito militar que tem massacrado civis nos últimos dias, Rússia e Ucrânia enfrentam também uma guerra de versões — segundo agências de notícias internacionais. Neste sábado (26/2), o porta-voz do Kremilin, Dmitry Peskov, disse ao canal estatal do país, o RT, que Vladimir Putin determinou uma paralisação das tropas. Isso na sexta-feira (25/2) enquanto, segundo o porta-voz, os líderes buscavam um acordo.
Segundo Peskov, Kiev recusou “categoricamente” os termos de Moscou e, por isso, a ofensiva continuou neste sábado. “Foi uma tentativa de nos forçar à cessação”, disse sem dar mais detalhes. Em seguida anunciou que o exército russo partiu para um plano de ataque “em todas as direções” do território ucraniano, “conforme o plano inicial”.
Negativa
Na outra ponta do confronto, o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky nega que qualquer tratativa tenha ocorrido. Em entrevista ao jornal russo RBC, Mikhail Podolyak, representante do governo ucraniano, disse que não houve rejeição. “Sem dúvida, a Ucrânia não se recusou a negociar”, disse ele, sublinhando que as negociações ainda não ocorreram.
Ainda assim, o tom do discurso foi firme: “A Ucrânia e o presidente Zelensky rejeitam categoricamente quaisquer condições inaceitáveis ou de ultimato do lado russo”, declarou Podolyak. Também na sexta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que estava pronto para conversar com o Kremilin enquanto Peskov afirmou que as negociações seriam realizadas em Minsk, capital da Bielorrússia.
Há informações de que a Ucrânia tenha pedido para transferir a reunião para Varsóvia, na Polônia, e que depois tenha parado de responder.
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