A maior universidade do Afeganistão reabriu suas portas em Cabul neste sábado (26), seis meses após a tomada do poder pelo Talibã, mas poucas alunas frequentaram as aulas e elas foram separadas dos estudantes do sexo masculino.
As universidades públicas de seis províncias já haviam reiniciado suas atividades em 2 de fevereiro.
Todas as outras as retomaram neste sábado, como a de Cabul, a mais antiga e maior do país, com cerca de 25 mil alunos matriculados antes do retorno dos fundamentalistas islâmicos em agosto do ano passado.
Na capital, os guardas talibãs negaram aos jornalistas acesso ao extenso campus e expulsaram aqueles que estavam próximos às entradas.
As universidades públicas, assim como escolas primárias e secundárias para meninas, haviam sido fechadas desde a tomada dos talibãs, o que levantou temores sobre sua intenção de privar as mulheres de qualquer educação, como aconteceu quando estavam no poder entre 1996 e 2001.
No entanto, o novo governo talibã garantiu rapidamente que as mulheres poderiam estudar na universidade, mas sob condições estritas, em especial, o uso do véu e a separação entre homens e mulheres.
De acordo com Maryam, uma estudante de inglês da Universidade de Cabul, apenas sete colegas de classe do sexo feminino estavam presentes na manhã deste sábado. Também faltaram muitos professores, "talvez porque alguns deixaram o país", acrescentou.
No resto do território, a situação era a mesma, com o registro de pouquíssimas alunas de volta às instituições de ensino. Às vezes até nenhuma, como na universidade do vale de Panjshir, bastião histórico da resistência contra o Talibã e a última região que caiu sob o controle total dos fundamentalistas, no final de setembro.
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